Se o interrogatório for realizado na quinta-feira, ficará a cargo da juíza Gabriela Pérez. Ela substituirá temporariamente o juiz Juan Guzmán Tapia, cuja atuação foi questionada pelos advogados de defesa de Pinochet.
A ‘Operação Condor’ foi um plano repressivo aplicado nos anos 70 pelas ditaduras de seis países sul-americanos (Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai) para eliminar a oposição de esquerda.
A Corte de Apelações passou o caso para Pérez enquanto decide sobre o possível impedimento de Guzmán Tapia, como querem os advogados do general Pinochet. A juíza ainda vai decidir se mantém o depoimento de quinta-feira, mas as fontes destacaram que não há mais tempo hábil para tal.
O mais provável, segundo os advogados envolvidos no caso, é que Perez aguarde a decisão da Corte de Apelações sobre a situação de Guzmán Tapia, agindo somente se ele for considerado impedido para julgar o caso.
Essa é a segunda vez que os advogados de Pinochet conseguem evitar o depoimento, que a princípio estava marcado para a última segunda-feira.
Pinochet, 88 anos, escapou de um primeiro processo envolvendo assassinatos e seqüestros quando a Suprema Corte aceitou, em julho de 2002, a alegação de que o general não tinha condições de enfrentar o julgamento devido a problemas de saúde mental.
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