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Verba liberada por FHC é insuficiente, dizem prefeitos
Do Diário do Grande ABC
05/01/2000 | 18:34
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Relatórios concluídos nesta quarta-feira pelas prefeituras de Barra Mansa, Resende e Barra do Piraí, os municípios do Estado do Rio mais castigados pelas chuvas, mostram que a verba inicial de R$ 5 milhoes prometida pelo presidente Fernando Henrique Cardoso para recuperaçao das regioes atingidas nao será suficiente para atender os municípios.

Os documentos apontam que para recuperar as cidades serao necessários pelo menos R$ 18,2 milhoes.

O prefeito de Barra do Piraí, Mário Sérgio do Nascimento calcula que vá gastar entre R$ 8 milhoes e R$ 10 milhoes. Bairros inteiros ficaram alagados, 15 mil moradores desalojados, duas pontes foram destruídas e 60% da cidade está sem água desde segunda-feira. "As estaçoes de captaçao de água ficaram submersas e muitas bombas queimaram", contou o prefeito. "Vou pleitear a verba federal porque nao tenho dinheiro para fazer todas as obras; aliás, cidade nenhuma tem".

O problema mais grave em Barra Mansa, na avaliaçao da prefeita Inês Pandeló, é a contençao de uma encosta que ameaça desabar no bairro 9 de Abril sobre cerca de 40 casas.

Se a encosta for abaixo, levará com ela parte da rodovia federal 393 que passa pelo local. Em abril de 98, uma parte desta encosta caiu, destruindo dezenas de casas. "A área é bastante perigosa e está me tirando o sono", afirmou Inês. "Especialmente agora, quando o sol aparece, o terreno seca e há a risco de rachar e cair".

A prefeita enviou nesta quarta mesmo à Presidência da República o cálculo do custo com as obras emergenciais, em torno de R$ 6,4 milhoes.

Somente para a contençao desta encosta sao necessários R$ 2 milhoes, segundo cálculos da prefeitura. Existem no município pelo menos outros quatros pontos de risco. Uma ponte de pedestres sobre o Rio Paraíba do Sul, no centro da cidade, foi destruída pelas chuvas.

O custo da reconstruçao é de R$ 1,5 milhao. "É uma ponte mais cara porque ela passa um duto de água potável", explicou a prefeita.

Outras duas pontes caíram no distrito de Rialto. A Secretaria de Saúde, que ficou completamente inundada, contabilizou prejuízos de R$ 300 mil em medicamentos e R$ 65 mil em equipamentos. A inundaçao atingiu 1.200 residências. O fornecimento de água da cidade foi restabelecido e até quinta-feira à tarde o abastecimento deverá estar totalmente normalizado.

Resende - O prefeito de Resende, Eduardo Meohas, calcula que precisará de R$ 3,8 milhoes para construir casas, recuperar encostas e drenar rios e canalizar córregos.

Os 700 quilômetros de estradas rurais do município estao intransitáveis e, por isso a produçao diária de 200 mil litros de leite nao é escoada desde segunda-feira. "Agora estamos na etapa de contabilizar perdas; nao temos mais desalojados", afirmou.




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