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Brasil vence a Polônia e parte para ‘revanche’ contra os EUA na semi
Fernão Silveira
Do Diário OnLine
25/08/2004 | 17:59
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Ricardinho enfrenta o bloqueio polonês. Foto: COB A seleção masculina de vôlei do Brasil despachou a Polônia por 3 sets a 0 (parciais de 25/22, 27/25 e 25/18), nesta quarta-feira, e carimbou a passagem à semifinal dos Jogos Olímpicos de Atenas. O próximo adversário será o time dos Estados Unidos, responsável pela única derrota do vôlei masculino brasileiro em Atenas. A 'revanche' está marcada para a tarde da próxima sexta-feira.

O técnico Bernardo Resende ganhou como presente pelos seus 45 anos, celebrados nesta quarta-feira, a terceira classificação seguida para uma semifinal olímpica – foram duas com a seleção feminina e uma com a masculina. Bronze em Atlanta-1996 e Sydney-2000, o carioca vive agora mais uma chance de ascender no pódio olímpico. Para chegar ao ouro, o time que ganhou tudo nos últimos anos precisa de mais duas vitórias: contra os Estados Unidos e contra quem avançar do confronto Itália x Rússia.

Mas o 'presente' do técnico aniversariante custou caro à seleção. A Polônia preocupava o treinador por ser a única equipe com retrospecto positivo contra o Brasil – o placar dos confrontos na 'era Bernardinho' estava em 3 a 2. Além disso, havia o peso de um mata-mata olímpico. "O confronto das quartas-de-final é sempre assim. É muito complicado, pois quem perde não tem mais chance de brigar por medalha", resumiu o treinador.

Empurrada por uma barulhenta torcida, a Polônia largou arrasadora na partida. Num piscar de olhos, o placar já estava em 3 a 0 para a equipe de branco e vermelho – foram dois aces de Dawid Murek e uma cravada de Piotr Gruszka. Sacando com muita potência, o que dificultava a recepção brasileira, a Polônia abriu 9 a 5.

A seleção conseguiu se encontrar na metade da primeira parcial e foi buscar a diferença, deixando tudo igual numa bola de cheque que Ricardinho cravou na quadra polonesa (13 a 13). O Brasil melhorou em todos os fundamentos, especialmente no bloqueio e no saque, e passou a dominar o jogo. Com o ataque de André Nascimento na ponta, o set acabou em 25 a 22.

A Polônia seguiu forte e voltou a criar problemas para o Brasil na parcial seguinte. Após três erros seguidos de André Heller, o placar pulou para 16 a 14 em favor dos europeus. E a seleção teve de empreender um novo esforço de recuperação para ir buscar o placar, que teimava em permanecer favorável ao adversário.

Os poloneses tiveram a vantagem de 23 a 21 quando Robert Szczerbaniuk pegou Giba no bloqueio. Mas o Brasil teve calma, começou a cavar pontos em jogadas variadas de ataque e conseguiu salvar um set point da Polônia (24 a 24). Foi quando brilhou a estrela do capitão Nalbert, que vem sendo um 'reserva de luxo' do técnico Bernardinho. Com a inspiração dele, o Brasil virou para 27 a 25 e deu um largo passo em direção à semifinal.

A resistência que o adversário ofereceu no 3º set foi bem mais amena. Aproveitando a apatia da Polônia, o Brasil começou arrasador e abriu 13 a 7 sem muita dificuldade. O levantador Ricardinho, vibrante, não deixava opções para a defesa polonesa com suas variações de jogadas – pelo meio, pelas pontas e do fundo de quadra, Giba, Dante, André Heller e Gustavo colocavam no chão qualquer bola que aparecesse.

Quando o placar foi para 25 a 18, confirmando a classificação brasileira, Bernardinho finalmente sorriu como um aniversariante.




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