Envergonhado. Foi assim que o Santo André sentiu-se após a goleada sofrida para o América-MG, por 4 a 1, na terça-feira. Não só pelo placar como também pela exibição, sobretudo no segundo tempo, quando cometeu dois pênaltis e errou em demasia. Comissão técnica e jogadores tentam superar o rótulo de derrotados e estampar a marca de vitoriosos em busca da fuga do descenso na Série B.

"O time não pode baixar tanto o nível de um jogo para o outro. Contra a Ponte Preta tivemos uma equipe equilibrada, que não cometeu muitos erros. E tudo mudou contra o América. No primeiro tempo até jogou de igual para igual, mas no segundo foi um mau exemplo. Ficamos até envergonhados com a resposta que demos. Agora não importa quem fez ou não fez, a responsabilidade é de todos. Maior sempre do comandante, mas dividido entre comissão técnica e elenco", disse Jair Picerni.

A análise do jogo, na visão do treinador, foi de um Santo André que teve dois tempos distintos: um razoável e outro para se esquecer. "Sofremos o gol logo no início por falta de concentração. Depois, equilibramos. Mas tivemos um segundo tempo irreconhecível. Uma equipe profissional, com tanta experiência, não pode errar tanto em apenas 47 minutos. Extrapolamos. Muitos problemas para quem quer se manter na Série B."

Após as derrotas para Figueirense e Duque de Caxias, Picerni havia dito que eram resultados que possibilitavam tirar lições. Esta para o América, no entanto, não serve para nada na visão do treinador. "Mas só se aprende em poucas derrotas. Não se pode também perder muito, porque se não vira um perdedor. Geralmente gosto de dar um tempo antes de dar uma resposta aos jogadores sobre o que foi o jogo, para ter o emocional mais controlado. Mas, desta vez, foi tão ruim que já no vestiário cobramos atitude dos jogadores. Temos que reagir, porque o objetivo é não cair. Não adianta apenas uma vitória, precisamos de uma sequência para nos tornar vitoriosos."

Hoje, o time faz trabalho na academia pela manhã e vai a campo no período da tarde.