Problemas têm ocorrido nas estações Mauá e Rio Grande da Serra
Moradores da região têm relatado problemas ao tentar comprar bilhetes nas máquinas de autoatendimento em estações da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). A STM (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) do Estado de São Paulo anunciou na segunda-feira o fechamento de todas as bilheterias físicas até o fim do ano.
O Diário foi ontem às estações Mauá e Rio Grande da Serra, nas quais têm havido reclamações, para verificar o funcionamento das máquinas. Mauá possui duas entradas. A primeira delas não tinha bilheteria física e conta com duas máquinas de autoatendimento. Um dos equipamentos estava travado no processo de pagamento.
A segunda entrada de Mauá conta com cinco totens. Todos estavam em funcionamento. A reportagem tentou comprar um bilhete por meio do Whatsapp TOP, pelo número (11) 3888-2200, mas a plataforma digital disponibilizou uma chave PIX inválida. O Diário adquiriu e utilizou sem problemas um bilhete comprado por meio do aplicativo TOP. Já a Estação Rio Grande da Serra conta com três máquinas de autoatendimento em sua única entrada. Uma delas estava sem papel para a impressão.
O engenheiro mecânico Leís Vager, 38 anos, afirma que os totens da Estação Rio Grande da Serra deixaram de funcionar no mês passado por falta de conexão com a internet. Ele se atrasou para um compromisso com o filho. “Eu estava sem dinheiro (para utilizar a bilheteria física). Tive que subir até o banco (para fazer um saque), que fica no Centro da cidade”, conta.
O garçom Leonardo de Oliveira, 38, afirma que é frequente encontrar os totens sem funcionamento. “Já teve vez em que o touch (tela) não funcionava. Teve dia que tive que pedir para um amigo me enviar o QR Code (impresso no bilhete) para eu poder ir trabalhar. A sorte é que deu tempo (de chegar ao local de trabalho)”, reclama o munícipe.
Já a assistente administrativa Crislaine Araújo, 37, relata problemas nas estações Mauá e Rio Grande da Serra. “Depois que colocaram (os bilhetes de) QR Code, as filas são imensas, por vezes não lê na catraca. Já vi pessoas desistindo e voltando para o fim da fila, como passando por baixo da catraca”, afirma. “Pessoas idosas acabam pagando mais caro no bilhete nas mãos dos cambistas por não saber usar a máquina”, denuncia.
O Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil critica o fechamento das bilheterias físicas por conta da dificuldade de os totens serem utilizados por pessoas idosas ou com desconhecimento em informática. “Se vingar (a mudança), que pelo menos mantenha uma bilheteria (física) nas estações”, sugere Alexandre Múcio, secretário-geral da entidade. O sindicato estuda entrar com uma ação civil pública para reverter o fechamento.
OUTRO LADO
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos afirmou ao Diário que, em setembro,os totens das estações Mauá e Rio Grande da Serra operaram sem ocorrências em mais de 95% do tempo. Em nota, a pasta disse que problemas são resolvidos no prazo de oito horas e que equipes nas estações são treinadas para evitar situações pontuais.
A STM também orienta que o bilhete com QR Code seja utilizado em até 72h, já que o material é térmico e pode sofrer danos com o tempo.
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