Em 6 de dezembro de 2005, por decisão da Justiça Eleitoral de Mauá, Leonel Damo (PV) assumiu como prefeito.
Diniz Lopes (PL), até então prefeito interino, voltou a ocupar a presidência da Câmara Municipal, substituindo Carlos Polisel (PSDB).
Márcio Chaves (PT), o mais votado no primeiro turno, declarou ao Diário que “ninguém esperava por isso”.
Tito Costa, advogado de Leonel Damo, considerou o desfecho uma vitória muito especial.
Damo, aliviado, declarou ao tomar posse: “Demorou um ano, mas estou aqui”.
Chiquinho do Zaíra (PSB), terceiro colocado no primeiro turno, entrava com recurso no Tribunal Regional Eleitoral solicitando a realização do segundo turno entre ele e Leonel Damo.
O certo é que Damo completaria o mandato, governando Mauá até 2008.
861 – Na eleição de 3 de outubro de 2004, Mauá levou às urnas seis candidatos a prefeito. Em disputa a sucessão do professor Oswaldo Dias (PT), que completava o seu segundo mandato.
862 – No primeiro turno, Marcio Chaves (PT), foi o mais votado: 91.303 votos (45,74%), seguido por Leonel Damo (PV), com 79.104 (39,63%). Desenhava-se a realização do segundo turno, em 31 de outubro.
863 – Os demais candidatos tiveram as seguintes votações: Chiquinho do Zaíra (PSB), 20.152 votos (10,10%); Admir Jacomussi (PPS), 7.942; Catarina do Coqueiro (PCO), 679; e Diego (PSTU), 416 votos.
864 – Conhecidos os resultados, iniciava-se a campanha do segundo turno. Escrevia o Diário: ‘Por afinidade ideológica, Chiquinho do Zaíra e Admir Jacomussi tenderiam a apoiar Márcio Chaves. Já Leonel Damo esperava que sua amizade com Admir e Chiquinho prevalecesse e se transformasse em apoio para a campanha do PV no segundo turno’.
865 – O equilíbrio de forças podia ser sentido no resultado da eleição dos vereadores: dos 17 eleitos, sete estavam na coligação que apoiou Damo e sete na de Chaves.
866 – A Câmara de Mauá alcançava uma renovação de 53%. Entre os oito reeleitos, os irmãos Manoel e Diniz Lopes. Vanessa Damo, filha de Leonel, foi a mais votada da cidade, com 6.020 votos. Átila Jacomussi, filho de Admir Jacomussi e futuro prefeito, também foi eleito, assim como Cássia Rubinelli, mulher do deputado federal Wagner Rubinelli.
867 – E veio a bomba, transformada em manchete na edição de 31 de outubro do Diário: ‘Justiça de Mauá cancela a realização do segundo turno’.
Márcio Chaves tinha sua candidatura cassada na véspera do segundo turno pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), acusado de ter violado a Lei eleitoral numa exposição comemorativa aos 50 anos de emancipação da cidade – Chaves era vice-prefeito e a feira teria sido usada para a sua propaganda eleitoral, infringindo o artigo 73 da Lei Eleitoral, que caracteriza o ato de propaganda institucional proibida.
868 – Mauá reforçou a segurança na posse da nova Câmara, em 1º de janeiro de 2005. Diniz Lopes, eleito presidente da Câmara, assumia minutos depois a Prefeitura e governaria Mauá até o início de dezembro.
869 – A disputa na Justiça Eleitoral arrastou-se por 14 meses, até a posse definitiva de Leonel Damo em 6 de dezembro de 2005, com Leni Walendy de vice-prefeita.
870 – Na cobertura da posse de Leonel Damo, o Diário substituiu o logotipo ‘Eleições 2004’ por ‘Nova Direção’.
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