Economia Titulo Prazo indeterminado
Funcionários da GM entram em greve após
rejeitarem contraproposta salarial

Sindicato alega que proposta da empresa não atende as reivindicações dos trabalhadores;
paralisação é por prazo indeterminado

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
01/10/2021 | 10:18
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Divulgação


Atualizada às 12h34

Na manhã desta sexta-feira (1), funcionários da fábrica da GM (General Motors) em São Caetano aderiram a greve após rejeitarem a contraproposta salarial da empresa referente as reivindicações apresentada pelo sindicato. A assembleia aconteceu antes das 6h e os profissionais do turno da manhã já foram para a casa. A paralisação é por prazo indeterminado. 

A decisão de greve foi validada na última quarta-feira (29), conforme acompanhado também pelo Diário, em rejeição à contraproposta feita pela empresa que não atende as reivindicações dos trabalhadores. Essa contraproposta apresentada pela GM, segundo o sindicato, visa a reposição integral da inflação a ser aplicada aos salários em 1º de fevereiro de 2022, mais 50% do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do período, com aplicação em fevereiro de 2023, vale-alimentação de R$ 350,00 a empregados com salários até R$ 4.429,00, e a sua implementação em fevereiro de 2022, e abono de R$ 1 mil a ser pago em outubro de 2021.

O presidente do Sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, reafirmou a decisão tomada na última quarta-feira pelos trabalhadores até que uma nova contraproposta seja apresentada pela direção da empresa. “Não nos restou outra alternativa senão paralisarmos as atividades da empresa, pois a contraposta feita na mesa de negociação está aquém do que estamos reivindicando”, afirmou Cidão.

Em contrapartida, os trabalhadores da GM reivindicam a reposição salarial com base no INPC acumulado nos últimos 12 meses; aumento real de 5%; piso salarial com correção pelo INPC de 2016 a 2021; vale-alimentação no valor de R$ 1 mil para os trabalhadores inseridos na grade nova e de R$ 500,00 para os demais; PR (Participação nos Resultados) no valor de R$ 18.000,00 com antecipação de R$ 10.000,00; adiantamento da metade do 13º salário para fevereiro de 2022; inclusão de cláusula sobre home office; pagamento de quinquênio de 5%; retorno do reajuste da grade salarial a cada seis meses e cesta de Natal.

Além disso, de acordo com o sindicato, os profissionais ainda reivindicam a manutenção das cláusulas sociais que constam do atual ACT (Acordo Coletivo de Trabalho), particularmente a Clausula 42, que assegura estabilidade no emprego ao trabalhador portador de doenças ocupacionais e data-base em setembro.

O sindicato reforça que a greve foi decretada após sete rodadas de negociação entre o sindicato e a direção da GM. 

De acordo com os trabalhadores, após a decisão da paralisação, os funcionários do turno da manhã já estão em casa. Na parte da tarde, haverá uma nova assembleia para os metalúrgicos decidirem também se vão ou não aderir à greve. 

Em nota, a GM confirma a greve aprovada na manhã de hoje e ressalta que "está fazendo todos os esforços para chegar a um acordo que seja bom para ambas as partes". A empresa ainda reforça que espera que a situação seja resolvida o quanto antes e que rapidamente as operações da fábrica estejam totalmente normalizadas.

FÁBRICA - Diante dessa situação em São Caetano, em assembleia realizada ontem (30) na fábrica de São José dos Campos, os metalúrgicos declararam solidariedade aos trabalhadores e ao sindicato da região pela decisão de aderirem à greve. 




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