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Polícia recaptura sete fugitivos do Cadeiao de Praia Grande
Do Diário do Grande ABC
05/06/2000 | 18:32
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Luciano de Almeida, o Quaquá assassino confesso de três estudantes paulistanos no domingo de Páscoa, em uma casa de temporada em Mongaguá, no litoral, foi recapturado nesta segunda na mata localizada nos fundos do Cadeiao de Praia Grande (Dacar-10), onde estava escondido desde a fuga de sábado. Além de Quaquá, outros seis foragidos foram recapturados pela polícia local. Três foram localizados no domingo e quatro na manha desta segunda.

De acordo com dados oficiais, 19 presos foram resgatados da cadeia e nao 25 como se anunciou a princípio, no sábado. Com capacidade para 512 presos, o Dacar-10 vinha abrigando 715 homens; por isso, a dificuldade na identificaçao imediata de todos os presos. Eguinaldo Francisco, o Nego, considerado um dos maiores traficantes da regiao, preso em abril com 15 quilos de entorpecentes, nao estava entre os foragidos, conforme chegou a ser anunciado. Ele foi localizado posteriormente em outro pavilhao.

Segundo o delegado do 2º Distrito Policial, Hélio Hotts, a polícia agora está recolhendo as fotografias dos foragidos para elaborar elaborar cartazes que serao espalhados por toda a regiao, já que a maior parte dos detentos recolhidos naquele estabelecimento morava na Baixada Santista. "Também estamos averiguando como o preso morto durante a fuga, no sábado, conseguiu obter uma pistola 380, com a qual atirou nos policiais", disse Hotts.

O detento morto foi identificado como Émerson da Costa Souza. Ele tentou atirar nos guardas, no momento em que descia dos altos muros da cadeia, por intermédio de uma corda fabricada com lençóis e condutores de fiaçao elétrica.

Audácia - O resgate dos detentos foi considerado audacioso. Eram 3 horas quando dez homens, fortemente armados com fuzis e metralhadoras, imobilizaram os policiais que faziam a segurança do estabelecimento, junto às guaritas. Neste exato momento, um caminhao de grande porte era incendiado na estrada que dá acesso ao presídio. Para dificultar a açao da Polícia Militar, pregos retorcidos, conhecidos por miguelitos, foram espalhados pelo local.

Para o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter-6), Alberto Corazza, "foi uma operaçao muito bem planejada, coisa de profissionais". Nas investigaçoes, a polícia conseguiu localizar o proprietário do caminhao incendiado. Luiz Carlos Guilhermeti, que dirigia o Mercedes-Benz placas AGN-3908, de Maringá (PR), foi abordado por um grupo de marginais na noite de sexta-feira, nas proximidades do viaduto da Alemoa, em Santos.

Sob a mira de revólveres, o caminhoneiro, que mora em Piracicaba, foi obrigado a deitar-se no assoalho do veículo, enquanto os assaltantes passaram a dirigir o caminhao. Depois de muito rodar, o motorista foi abandonado na área central de Santos. Algumas horas depois, o veículo era incendiado na estrada que dá acesso ao Cadeiao.




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