Pela quantidade de renovações importantes, tanto estéticas quanto técnicas, pode-se dizer que 2005 é o ano das picapes médias. Receberam motor eletrônico e são equipadas com itens de alta tecnologia em relação a segurança e conforto. No entanto, dificilmente o mercado de picapes vai repetir este ano o bom desempenho verificado há alguns anos, mais precisamente em 2000 e 2001, período em que o segmento atingiu o seu maior de volume de vendas.

Nos últimos seis anos as picapes médias tiveram um comportamento de crescimento e queda de vendas, mas após o recorde de 59.568 unidades vendidas em 2001 o setor caiu no ano seguinte para 49.631 unidades e mais ainda nem 2003, quando chegou a 42.499 unidades. A S10 e a Ranger foram as principais responsáveis pela queda de vendas do segmento. A S10 chegou a vender 27,5 mil unidades em 2001 e caiu para 13,9 mil dois anos depois, mantendo as vendas em baixa em 2004 (veja tabela).

Nesse ano as vendas da picape da GM estão ainda piores, devendo se recuperar a partir de setembro com o modelo novo. A Ranger teve o mesmo comportamento: depois do ápice em 2000, com vendas de 15 mil unidades no ano, ela caiu para pouco mais de seis mil unidades em 2003 e no ano passado, mesmo com a reformulação no segundo semestre, não chegou a oito mil unidades. As vendas nos primeiros sete meses de 2005 não apontam para uma recuperação, já que a picape da Ford soma apenas 4.613 unidades no acumulado do ano.

A Mitsubishi L200 foi a única picape que caminhou na contramão. Suas vendas vêm crescendo ano a ano, desde 1999. Não por acaso, a picape montada na cidade de Catalão, no estádio de Goiás, está em primeiro lugar no acumulado de janeiro a agosto.

Diante desse quadro, apesar de todas as renovações ocorridas nos modelos desse segmento em 2005, dificilmente será batido o recorde de vendas este ano. Mesmo que a S10 consiga um excelente desempenho de a partir de setembro e as concorrentes continuarem aumento o volume comercializado, será quase impossível superar o recorde de 2001.