O chefão da Fórmula 1 Bernie Ecclestone afirmou ontem em Mônaco que todas as equipes já assinaram o novo Pacto de Concórdia, acordo que regula as relações comerciais entre as escuderias, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e a empresa de Ecclestone, que dirige a competição.

Segundo o dirigente, todos os times que atuam no campeonato garantem participação até 2020. "Todas as atuais equipes assinaram até 2020 e espero que por mais dez anos e para sempre. Todo mundo já entrou em acordo", garantiu ele.

Apesar da declaração, o dirigente não deixou clara a situação da Mercedes. "Você terá de esperar para ver se a escuderia assinou, mas estou confiante de que tudo vai ficar tranquilo e acertado", contou.

A imprensa europeia especulou nos últimos meses que os alemães cogitava abandonar o torneio por não contar com os mesmos benefícios que os adversários no pacto. O atual acordo prevê que escuderias como a Ferrari, McLaren e Red Bull tenham maior parte na divisão de lucros da modalidade.

Isso acontece porque Ecclestone defende a divisão dos lucros entre as equipes baseada na história e nas conquistas das escuderias na categoria.

Segundo publicações estrangeiras, os italianos deve receber cerca de US$ 50 milhões. Já as outras duas equipes ganhariam o equivalente a US$ 35 milhões.

A Mercedes ainda não se pronunciou após a declaração de Ecclestone. O chefe da montadora alemã, Robert Haug, afirmou na quinta-feira que as negociações com o dirigente seguiam de forma tranquila.

"Somos questionados com frequência sobre o estado das nossas negociações do Pacto da Concórdia nos últimos dias. Sobre este assunto, posso confirmar que temos discussões construtivas que estão indo na direção certa", comentou.