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Metroviários suspendem greve em São Paulo
Do Diário OnLine
18/06/2003 | 20:05
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Depois de quase dois dias de paralisação, os metroviários de São Paulo voltaram ao trabalho na tarde desta quarta-feira. Em assembléia realizada na sede do Sindicato dos Metroviários, a categoria decidiu suspender a greve até a próxima terça, quando haverá uma nova audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. O Metrô regularizou os seus serviços por volta das 20h.

Os funcionários do Metrô entraram em greve à meia-noite de terça-feira para pressionar a empresa a reajustar em 18,13% o salário da categoria. Duas audiências de conciliação foram realizadas na tentativa de colocar fim à paralisação — a primeira no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) e a segunda no TST —, mas não houve acordo. A próxima rodada de negociações acontecerá na terça-feira, e até lá a greve estará suspensa.

O aumento de 18,13% foi determinado pelo TRT-SP no julgamento do dissídio da categoria. Essa correção já deveria ter sido incorporada aos salários depositados na última sexta, o que não ocorreu. O Metrô alega que esse índice de reajuste é inviável, pois comprometeria mais de 80% da receita da empresa com a folha de pagamentos.

Diante do impasse, mais de 2,6 milhões de usuários do Metrô foram prejudicados pela paralisação. Como o rodízio de veículos foi suspenso, cerca de 400 mil carros a mais circularam pelas ruas da cidade e os motoristas também enfrentaram nesta quarta-feira o maior índice de congestionamento do ano no período da manhã: às 9h, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) registrou 126 quilômetros de lentidão.

Propostas - Na audiência de conciliação desta quarta, o Tribunal Superior do Trabalho propôs um reajuste salarial de 8% a ser pago agora e mais 8% a ser depositado em janeiro. Tanto os metroviários quanto a empresa prometeram estudar a proposta. O governo do Estado e a direção do Metrô já descartaram a possibilidade de aumentar as tarifas para arcar com esses gastos.




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