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EUA acusam Chávez de levantar falsas críticas
Da AFP
18/02/2004 | 20:35
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Os Estados Unidos acusaram nesta quarta-feira o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, de formular falsas críticas contra Washington para tentar desviar a atenção sobre o referendo - documento pedido pela oposição para encurtar o mandato presidencial.

Os comentários de Chávez "são uma espécie de tentativa de desviar a atenção dos esforços do povo venezuelano de exercer seus direitos constitucionais, como forma de resolver a polarização política através de um processo constitucional", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Richard Boucher.

Segundo Boucher, as acusações "não são sérias” e a Casa Branca a “rejeita categoricamente".

Nesta semana, Chávez voltou a acusar o governo George W. Bush de financiar grupos opositores venezuelanos que procuram tirá-lo do poder.

"Militares americanos estiveram com os militares golpistas venezuelanos coordenando ações nos dias 10 e 11 de abril de 2002", disse Chávez nesta quarta-feira, recordando a data em que ocorreu um golpe de Estado que o afastou do poder por 47 horas.

"O governo dos Estados Unidos continua apoiando com dinheiro os setores da oposição desestabilizadora da Venezuela e tem a desfaçatez de vir a nosso território e mentir descaradamente dizendo que eles apoiam também com dinheiro às forças da revolução bolivariana", queixou-se.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciará no dia 29 de fevereiro os resultados preliminares da verificação de assinaturas colhidas pela oposição, que segundo Chávez fazem parte de uma "megafraude".

O CNE determinará em março se procede a consulta. O porta-voz dos Estados Unidos precisou que "vários membros de partidos políticos pró-governamentais e cerca de seis legisladores se beneficiaram diretamente no país dos programas de visita e treinamento financiados pelos Estados Unidos", não apenas os grupos da oposição.

"Tudo o que foi feito na Venezuela foi para o benefício da democracia, não para apoiar nenhuma facção política em particular", sustentou.

Em discurso para estudantes em Caracas, Chávez afirmou: "Nos últimos dias vimos como mais uma vez, de maneira desavergonhada e apátrida, os dirigentes da oposição política venezuelana clamam pela intervenção internacional em sua própria pátria".

Chávez reiterou sua acusação de que militares norte-americanos estiveram em contato com os militares golpistas venezuelanos coordenando ações nos dias 10 e 11 de abril de 2002, quando uma tentativa de golpe de Estado o afastou do poder por 47 horas.




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