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Para Wall Street, acordo com FMI será renovado sem mudança
15/08/2003 | 00:03
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Os analistas em Wall Street estão atribuindo uma elevada probabilidade de uma renovação do acordo do Brasil com o FMI (Fundo Monetário Internacional), mas não apostam que uma eventual renegociação de pontos do programa resulte num afrouxamento da política fiscal. Há quem defenda no Brasil uma mudança nos cálculos do superávit primário, hoje fixado em 4,25% do PIB para 2003 e 2004, permitindo, por exemplo, que os investimentos públicos sejam considerados no cálculo pelo valor de sua depreciação anual e não pelo seu valor global.

Na opinião do economista-chefe para América Latina do banco HSBC, Paulo Vieira da Cunha, a possibilidade de renovação do acordo com o FMI é alta, mas a renegociação de pontos do programa será mais difícil. "A meta do superávit primário para 2004 já está dada, inclusive consta da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), então seria difícil nesta conjutura alterar essa trajetória da dinâmica da dívida", afirmou Cunha.

Quanto à mudança de cálculo de superávit primário, no que diz respeito ao tratamento do investimento público, o economista considera que isso seria criar um incentivo perverso dentro da administração do orçamento, no sentido de relaxá-lo via investimento público. "É um perigo. A dificuldade de se fazer isso é que se perde um instrumento de mensuração e também de controle. Manter a âncora fiscal é ainda uma prioridade maior dentro do regime macroeconômico", afirmou.




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