Na opinião do economista-chefe para América Latina do banco HSBC, Paulo Vieira da Cunha, a possibilidade de renovação do acordo com o FMI é alta, mas a renegociação de pontos do programa será mais difícil. "A meta do superávit primário para 2004 já está dada, inclusive consta da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), então seria difícil nesta conjutura alterar essa trajetória da dinâmica da dívida", afirmou Cunha.
Quanto à mudança de cálculo de superávit primário, no que diz respeito ao tratamento do investimento público, o economista considera que isso seria criar um incentivo perverso dentro da administração do orçamento, no sentido de relaxá-lo via investimento público. "É um perigo. A dificuldade de se fazer isso é que se perde um instrumento de mensuração e também de controle. Manter a âncora fiscal é ainda uma prioridade maior dentro do regime macroeconômico", afirmou.
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