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Policiais que mataram Jean Charles voltam ao serviço
Da AFP
28/07/2006 | 12:57
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Os dois policiais que atiraram no brasileiro Jean Charles de Menezes numa estação do metrô de Londres, em julho do ano passado, depois de confundir o eletricista com um terrorista suicida, retornarão ao serviço, anunciou a polícia da capital inglesa.

O chefe adjunto da Scotland Yard, Paul Stephenson, tomou a decisão de suspender as restrições impostas aos dois agentes que mataram a tiros o jovem eletricista brasileiro.

Os dois oficiais voltarão a assumir plenamente as operações que tinham antes da morte de Jean Charles. A polícia ainda precisa decidir se algum dos agentes vai enfrentar processos disciplinares pela morte.

O secretário da Federação da Polícia Metropolitana, Glen Smyth, comemorou a decisão.

"Estes oficiais têm muitas capacidades que são necessárias e um papel muito importante a desempenhar: a proteção das pessoas que vivem, trabalham ou visitam a capital britânica", opinou.

Há uma semana, a promotoria londrina anunciou a decisão de não processar nenhum policial envolvido no assassinato de Jean Charles no dia 22 de julho de 2005 numa estação do metrô da zona sul de Londres, sob o argumento de que não existiam provas suficientes para acusar os agentes envolvidos.

No entanto, a promotoria reconheceu "erros operacionais" cometidos pela polícia e anunciou a abertura de ações judiciais coletivas contra a Scotland Yard dentro da lei sobre saúde e segurança.

Em 22 de julho do ano passado, um dia depois de uma onda de atentados frustrados contra o sistema de transporte público de Londres, Jean Charles de Menezes, de 27 anos, foi atingido por sete tiros na cabeça na estação de Stockwell.

Os policiais o confundiram com um terrorista porque o jovem brasileiro saiu de um edifício sob vigilância, onde os agentes pensavam ter localizado um suspeito das tentativas de atentados de 21 de julho.



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