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Preço dos combustíveis vai subir 82% no Equador
Do Diário do Grande ABC
26/05/2000 | 11:43
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O governo do Equador decretou, na noite desta quinta-feira, um aumento de até 82% nos preços dos combustíveis, como uma das medidas de um amplo programa de ajuste da economia do país, que enfrenta a pior crise de sua história. Em um pronunciamento feito em rede nacional de rádio e TV, os ministros do Bem Estar Social, Raúl Patiño; do Trabalho, Martín Insua, e de Energia, Pablo Terán, detalharam as medidas econômicas e apresentaram compensaçoes sociais oferecidas pelo governo. O aumento dos combustíveis faz parte de um pacote de medidas que o governo equatoriano havia acertado com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Na manha de quinta-feira, o presidente Gustavo Noboa havia anunciado em uma cerimônia na Base Naval de Guayaquil, o aumento dos combustíveis. Horas depois do anúncio, o ministro do Trabalho, Martin Insulsa, informou que o governo havia enviado um projeto ao Congresso com a proposta de aumentar os salários, outro item previsto no acordo assinado com o FMI, em abril, no qual o órgao e outros organismos multilaterais concederam cerca de US$ 2,050 bilhoes em empréstimos stand-by ao país. A noite, os ministros foram à TV para explicar os detalhes do pacote.

O decreto do governo aumentou o preço da gasolina extra, a mais consumida, de US$ 0,48 para US$ 0,80 por galao, uma alta de 67%. O diesel subiu de US$ 0,33 para US$ 0,60, o que corresponde a um reajuste de 81,8%. O preço do botijao de gás para uso doméstico continuou congelado em US$ 1. Terán nao especificou ontem quando os novos preços começariam a vigorar, mas uma fonte do governo informou que os aumentos seriam aplicados desde a 0h desta sexta.

Salários - Paralelamente ao aumento dos combustíveis, o governo do Equador anunciou reajustes salariais que variam entre 48% e 70% para os servidores públicos, incluindo aumentos de 51% a 66% para os professores. A porcentagem de aumento vai variar conforme a faixa salarial do trabalhador. Os reajustes, aprovados quinta pelo Conselho Nacional de Remuneraçoes (Conarem), entrarao em vigor a partir do dia 1º de junho.

O Ministro de Bem-Estar Social, Raul Patino, afirmou, em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, que os benefícios para aposentados e pensionistas poderao subir 40%. O governo propôs ainda um aumento de US$ 30 para o setor privado, que ainda tem de ser avaliado pelo Conselho Nacional de Salários (Conades). O pacote anunciado pelo governo inclui ainda aumento dos bônus concedido às famílias pobres. Atualmente em 150 mil sucres, a moeda local que está sendo substituída pelo dólar, o bônus subirá para 262 mil sucres mensais. O governo propôs ainda um subsídio para a construçao de imóveis em regioes rurais.

Além do aumento dos combustíveis, as tarifas de energia elétrica serao revisadas e os novos valores serao anunciados na próxima semana. A tabela levará em consideraçao o nível de consumo de cada moradia.




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