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Juiz que investiga Pinochet continua busca de desaparecidos
Do Diário do Grande ABC
06/06/2000 | 16:07
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O juiz Juan Guzmán, que investiga a denúncia que provocou a suspensao da imunidade parlamentar do general Augusto Pinochet, continuou nesta terça-feira procurando restos de detidos-desaparecidos durante o passado regime militar, inclusive os 19 seqüestrados pelos quais o ex-ditador poderá ser julgado.

Guzmán viajou nesta terça para Copiapó, a 800 km ao norte de Santiago e se encontrou com a presidente da organizaçao de parentes de executados políticos da cidade, Jimena Araya. Em seguida, foi a uma zona desértica onde teriam sido enterrados clandestinamente 16 detidos-desaparecidos.

O juiz, que investiga outras dezenas de queixas-crimes contra Pinochet, percorreu várias vezes o deserto do norte do Chile e as chuvosas regioes do sul do país em busca de restos de desaparecidos.

Em Concepción, a 515 km ao sul de Santiago, o magistrado mandou desenterrar em março cerca de mil ossadas em uma vala comum, onde sao enterrados mortos nao identificados ou indigentes, das quais 22 apresentavam marcas de violência, como fraturas e marcas de tiros.

Um relatório oficial da Comissao Nacional da Verdade e da Reconciliaçao, designada pelo entao presidente Patrício Aylwin em 1990, concluiu um ano depois que a ditadura de Pinochet deixou um saldo de 3.197 mortos, dos quais cerca de mil continuam desaparecidos.




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