A visita da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, segunda ao Pólo Petroquímico de Capuava, em Santo André, traz a expectativa de que seja firmado um acordo com a Petrobrás para fornecimento de insumos necessários à ampliação do Pólo. Essa ampliação terá início com dois projetos, cada um deles orçado em US$ 150 milhões, um na Petroquímica União e outro na Polietilenos União.
"Estamos dependendo da liberação da matéria-prima", disse o diretor industrial da Polietilenos, Nívio Roque, que acrescenta que o incremento significará R$ 50 milhões a mais em arrecadação para o Grande ABC e empregos para as empresas de transformação de plástico instaladas na região. Independentemente disso, a empresa investe anualmente cerca de US$ 7 milhões na modernização da planta e faz a seleção de tecnologia para a expansão, que vai agregar à sua produção anual 200 mil toneladas de resina polietieno.
Máquinas – Pesquisa feita pela Abimaq com empresas do segmento apontou o crescimento de investimentos em 2004. Dos R$ 6 bilhões, R$ 3,8 bilhões seriam destinados a máquinas e equipamentos e R$ 2,1 bilhões a instalações e área construída, entre outras destinações. "Para o Brasil crescer é fundamental que haja investimentos, sobretudo em bens de capital", disse o presidente da entidade, Luiz Carlos Delben Leite.
O diretor da regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), de São Caetano, Willian Pesinato, afirma que o lançamento pelo governo de um plano para facilitar a compra de maquinário com juros reduzidos, o Modermaq, e a manutenção da política de redução da taxa básica de juros (Selic) podem colaborar para a reativação da atividade industrial, ao servir como incentivo para investimentos no setor produtivo. "O que atrapalha são os aumentos de matéria-prima." O presidente da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico), Merheg Cachum, vê sinais positivos, mas concorda que é importante que o governo volte a reduzir os juros e facilite as compras de equipamentos.
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