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Fiscais do Trabalho libertam 187 trabalhadores mantidos escravos
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
23/09/2005 | 10:32
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O Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego libertou na quinta-feira 187 pessoas, entre elas oito crianças, em condições de trabalho escravo e situação subumana na fazenda Buriti, localizada a menos de 10 quilômetros de Pirenópolis, em Goiás.

Os trabalhadores estavam alojados em barracas de lona e bebiam água com indícios de contaminação por agrotóxicos. Os fiscais encontraram na fazenda, uma das maiores produtoras de tomate da região, mais de 500 notas promissórias emitidas pela compra de produtos alimentício e de equipamentos, o que fazia com que a suposta dívida dos trabalhadores fosse muito alta.

Representantes do proprietário da fazenda, Odilon Ferreira Garcia, chegaram nesta sexta-feira ao local para regularizar a situação. Os cálculos preliminares indicam que o valor total das indenizações pode chegar a R$ 600 mil, além do pagamento das três parcelas do Seguro-Desemprego, de R$ 300 cada.

Garcia estava arrendando parte de sua propriedade aos trabalhadores, que deveriam pagar o aluguel com a produção de tomate da fazenda, além de serem obrigados a comprar alimentos e equipamentos em um armazém montado dentro da fazenda. O proprietário será responsabilizado pela situação e deverá responder a uma Ação Civil Pública e um inquérito policial.




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