Parlamentar aponta habilidade do grupo e posição do partido no campo progressista para 2022
Com todos os acenos recebidos da cúpula estadual do PSB, o vereador Eduardo Leite (PT), de Santo André – em processo litigioso contra o atual partido –, considerou que aliados de seu grupo político, recém-empossados na direção da executiva municipal da sigla, “foram felizes” na decisão por migrar às fileiras socialistas. “Acredito que fizeram a melhor escolha. O PSB é partido que tem identidade ideológica com o que pensa as pessoas com quem convivo”, cravou o petista. “Eu, no entanto, ainda travo judicialmente disputa com o PT para poder me desfiliar e manter o mandato como parlamentar”, despistou. Eduardo deve permanecer no PT até análise do processo.
Figura próxima ao vereador, Fabrício França, ex-PT, foi oficialmente conduzido à presidência do PSB de Santo André, com as bênçãos do deputado estadual Caio França, integrante da comissão paulista, assim como do próprio Márcio França, ex-governador de São Paulo e mandatário do diretório. Ao Diário, Eduardo pontuou que a satisfação se dá pela sinalização de guinada da legenda à esquerda nas eleições. “Fico contente por essa decisão de parte do meu grupo. Até porque o PSB, ao que tudo indica, estará posicionado no campo progressita em 2022 e tenho respeito muito grande pelo Márcio.”
Recentemente, o governador do Maranhão, Flávio Dino (ex-PCdoB), e o deputado federal Marcelo Freixo (ex-Psol) assinaram ficha de filiação. Em solo andreense, além de Fabrício, a comissão provisória do PSB ficou composta por Kleber Paiva e Márcia Garcia, ambos ex-dirigentes petistas, bem como Jairo Guimarães e Iara Sanches (advogados). “São pessoas que demonstraram ter habilidade para organização de partido, têm experiência, acredito que seja ganho enorme para o PSB, principalmente porque todos possuem grande capacidade de trabalhar de forma coletiva.”
Com a desfiliação do ex-vereador Ailton Lima (sem partido) em maio, o PSB estava sem comando na cidade, abrindo-se brecha para renovação interna. Em agenda na cidade, Caio apontou que desta vez vê alinhamento ideológico. A cúpula socialista no Estado preparou a comissão municipal já com vistas aos pleitos de 2022 – quando Márcio França tende a entrar novamente na concorrência majoritária – e de 2024. A aposta, nos bastidores, é que Eduardo possa surgir como alternativa ao Paço na sucessão de Paulo Serra (PSDB).
Eduardo exerce o terceiro mandato consecutivo pelo PT. Em junho, o vereador impetrou ação no TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) requerendo autorização judicial para se desligar do partido sem correr risco de perder o cargo eletivo. No processo, ele alega que sofreu perseguição política e forte discriminação pessoal, remetendo, em sua justificativa, à decisão da executiva local petista em suspendê-lo das atividades partidárias por 60 dias.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.