Após o governo federal informar que vai indenizar somente os produtores rurais de Mato Grosso do Sul que vacinaram o rebanho, mas que mesmo assim tiveram que sacrificar os animais por causa da febre aftosa que se alastrou pela região, o governador do Estado, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, informou que é contrário a decisão. De acordo com o governador, todos os produtores da região devem ser indenizados, pois não é possível identificar os que estavam com a vacinação em dia.
"Em princípio, todos os que tiveram seus rebanhos sacrificados vão ser indenizados. Não se tem, agora, condições de levantar com precisão quem teve, ou não teve, culpa nisso", disse Zeca do PT. Questionado se a indenização indiscriminada não beneficiaria produtores irregulares, ele respondeu que é preciso tranqüilizar o setor. "Não podemos, com o risco de um ou outro que eventualmente teve um comportamento irregular, penalizar aqueles que tiveram comportamento adequado", afirmou o governador.
A indenização aos produtores foi determinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e o próprio governador, no Palácio do Itamaraty
Ao anunciar a medida, Rodrigues destacou que a legislação determina a indenização apenas para os produtores que vacinaram os animais. "Sempre que ficar caracterizado que não houve vacinação, também não há indenização. A indenização, eu reitero, será sempre para aqueles produtores que cumpriram, que é a imensa maioria dos produtores, as questões sanitárias adequadamente", ressaltou o ministro da Agricultura.
Zeca do PT solicitou ao presidente Lula que o Exército ajude na fiscalização do tráfego de animais nas fronteiras do Estado. Ele ressaltou que a colaboração já foi prestada em anos anteriores e permitiu a Mato Grosso do Sul conquistar o status de região livre de febre aftosa com vacinação. Segundo o governador, Lula disse que vai estudar o pedido e dar uma resposta nos próximos dias.
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