Vereador reclama que não houve corte de comissionados e que governo criou superfunções gratificadas
O vereador Eduardo Minas (Pros), de Diadema, avaliou que a reforma administrativa sugerida pelo prefeito José de Filippi Júnior (PT) “prioriza chefias e os interesses político-eleitorais do governo”, sem ouvir as reais necessidades orçamentárias da cidade.
Em visita ao Diário, Minas argumentou que as mudanças propostas por Filippi – que vão para segunda votação na sessão de hoje – estão na contramão do discurso de austeridade que o chefe do Executivo adotou durante a campanha.
“Eu, quando vi a reforma administrativa, fiquei feliz ao saber que haveria extinção de 32 cargos em comissão. Mas a felicidade logo foi embora quando vi que esses 32 cargos eram recriados, com uma economia anual de somente R$ 935. Enquanto a classe trabalhadora da Prefeitura de Diadema vê sua pauta de reivindicação em segundo plano e o morador da cidade perde seu emprego, o prefeito faz uma reforma que atende aos interesses políticos”, disparou. “A Prefeitura está em crise. E é o povo que vai pagar? O poder público não vai fazer gesto de economia?”
O parlamentar ainda reclamou do que ele classificou de “criação de superfunções gratificadas”. A função gratificada é concedida a um servidor concursado que é transferido para um cargo de confiança. “Ao passo que o prefeito extingue 26 funções gratificadas, ele realoca todo recurso em cinco funções gratificadas. Essas cinco funções gratificadas concentram R$ 138 mil, ao ano, de bônus. Para quem irão essas funções gratificadas?”
Minas foi secretário de Segurança Alimentar e de Cultura na gestão do ex-prefeito Lauro Michels (PV). Candidatou-se pela primeira vez a vereador no ano passado e já obteve êxito. Na casa, tem se destacado por ser a principal voz de oposição a Filippi. Ele classifica a gestão petista como “desastrosa no sentido de atender aos anseios da população”.
“O prefeito trouxe a figura do que resolve em sua peça de marketing. Mas para resolver precisa ter critério. Houve estelionato eleitoral quando diz que a primeira ação efetiva era a retirada das catracas. Já deixou de ser a primeira ação. Enganou o povo”, criticou Minas, ao lembrar sobre o fim da gratuidade na integração dos terminais Piraporinha e Diadema. Filippi tenta convencer o governo do Estado a retomar o benefício mediante construção de outros terminais no município.
A sessão está marcada para as 14h. A reforma administrativa foi aprovada em primeira discussão na semana passada.
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