Política Titulo Mudança à vista
Nishikawa admite ir ao Patriota se Bolsonaro se filiar ao partido

Atualmente no PSL, deputado estadual diz que vai seguir o presidente

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
07/06/2021 | 00:01
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Nario Barbosa/ DGABC


O deputado estadual Coronel Nishikawa (PSL), que tem domicílio eleitoral em São Bernardo e foi eleito como defensor ferrenho do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), avisou que se o chefe da Nação se filiar ao Patriota, vai segui-lo na legenda.

Nishikawa, que tem décadas de serviços prestados ao Corpo de Bombeiros e está em seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa, revelou que chegou a se filiar ao Patriota em 2016, quando o namoro entre o partido e o então potencial presidenciável era público. O casamento político não se confirmou à ocasião, Bolsonaro optou pelo PSL e Nishikawa não pestanejou em pedir desfiliação do Patriota e acompanhar o líder político no PSL.

“Para onde o presidente for eu vou. Se for ao Patriota, vou se me aceitarem por lá. A primeira vez que falaram que ele iria para o Patriota, eu fui. Ele foi ao PSL, eu me desfiliei e fui (com ele ao PSL). Farei a mesma coisa agora. Trabalhei muito pela eleição do presidente Bolsonaro em 2018 e vou trabalhar muito para que ele seja reeleito em 2022”, comentou o parlamentar.

Nishikawa se elegeu deputado estadual em 2018 com 23.094 votos – o último da bancada do PSL. Até então considerada legenda nanica, o PSL explodiu de votos diante do fenômeno do bolsonarismo. À Assembleia Legislativa de São Paulo, emplacou 15 deputados estaduais, entre eles a recordista da história de votos no País, a advogada Janaina Paschoal (PSL), com 2 milhões de votos.

Porém, pouco depois da acachapante vitória, Bolsonaro rompeu com a direção nacional do PSL, capitaneada pelo deputado federal Luciano Bivar. Saiu do partido com a promessa de empenhar esforços para tirar do papel sua própria agremiação, o Aliança Pelo Brasil, que buscaria se consolidar nas eleições municipais do ano passado. Sem êxito na formulação da sigla, os aliados de Bolsonaro se pulverizaram por vários partidos políticos no pleito do ano passado.

A relação entre Bolsonaro e Patriota (o antigo PEN, Partido Ecológico Nacional) voltou a esquentar na semana passada, quando o senador Flávio Bolsonaro, primogênito de Jair Bolsonaro, se filiou ao Patriota do Rio de Janeiro com carta branca para montagem da sigla.

Em São Paulo, o Patriota se preparava para apostar no deputado estadual Arthur do Val, Mamãe Falei, como candidato a governador. Ligado ao MBL (Movimento Brasil Livre), Mamãe Falei se opõe ao bolsonarismo. No Grande ABC, o Patriota conta com representação em Mauá (tem os vereadores Admir Jacomussi, Madeira e Mazinho), em Santo André (Pedro Awada) e em Ribeirão Pires (José Nelson Paixão).




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