Os reféns visitavam parentes no local e foram surpreendidos pela rebelião, por volta das 16h30 de domingo. Nesta manhã, detentos subiram na caixa d’água e exibiram a cabeça de um dos presos mortos. Em seguida, a atiraram contra a polícia do lado de fora. Depois, pedaços de um detento esquartejado foram mostrados no telhado do presídio.

As negociações entre autoridades do governo e presidiários continuavam nesta segunda-feira, mas outros 24 detentos permaneciam amarrados e poderiam ser mortos caso as conversas não avançassem. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de Rondônia, os presos reivindicam a troca de toda direção do Presídio Urso Branco e uso de telefone celular. Eles pedem também a revisão de pena e plano odontológico e médico, além da liberação de detentos que já teriam cumprido suas penas integralmente.

Além disso, os presos não querem mais que as visitas sejam revistadas. No entanto, a polícia alega que descobriu no local um esquema envolvendo prostitutas, que seriam contratadas pelos detentos para levar drogas escondidas em dias de visitas, fazendo-se passar por mulheres dos presos. Na semana passada, três foram flagradas com droga escondida na vagina.

Parentes de familiares tentaram linchar o procurador-geral de Justiça do Estado, José Carlos Vitach, que só escapou porque policiais militares chegaram a tempo.

O presídio Urso Branco tem capacidade para 306 presos, mas abriga cerca de 1,060 mil homens.