Os investigadores enviados nesta quarta-feira ao povoado de Kakrakai, no distrito de Dehrawad, bombardeado pelas forças americanas, tentavam nesta quinta-feira convencer as autoridades locais que lhe permitissem ver os corpos dos habitantes mortos, 40 segundos da administração afegã.

Por sua parte, a ONU anunciou nesta quinta-feira ter enviado uma equipe de avaliação ao sul do Afeganistão para "verificar a situação no conjunto dos povoados atingidos e identificar as necessidades imediatas", explicou o porta-voz da ONU, David Singh.

Segundo a tradição muçulmana, os mortos foram enterrados na segunda-feira passada, dia seguinte ao do ataque aéreo americano.

"Estamos negociando (com as autoridades locais)", confiou esta quinta-feira o porta-voz da coalizão, coronel Roger King, ao referir-se ao pedido de ver os cadáveres. Os investigadores não viram os corpos no povoado e pediram às autoridades que lhes permitam verificar os cadáveres das vítimas.

A administração afegã afirma que o bombardeio americano deixou um saldo de 40 mortos e uma centena de feridos entre afegãos que celebravam um casamento no sul da província de Uruzgan.

Os investigadores chegaram nesta quarta-feira ao local do bombardeio e têm previsto permanecer ali até sexta-feira pela manhã. Dentro de sua missão, visitaram uma clínica do distrito de Dehrawad, onde o médico lhes disse ter recebido 96 feridos, três dos quais não sobreviveram aos ferimentos. Os investigadores disseram ter encontrando "um pessoal muito cooperativo" no geral.

O porta-voz mantém a versão americana dos fatos e se nega a adiantar um balanço até que a missão entregue seu informe.