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Hezbollah exige troca de presos para libertar soldados israelenses
Da AFP
20/07/2006 | 23:10
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O chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, reiterou nesta quinta-feira, em uma entrevista à TV Al-Jazeera, que os dois soldados israelenses capturados na fronteira serão libertados apenas em "negociações indiretas baseadas em uma troca" de prisioneiros.

"O mundo inteiro só conseguirá a libertação dos dois soldados prisioneiros através de negociações indiretas baseadas em uma troca" de detentos, declarou Nasrallah.

O Hezbollah xiita libanês capturou os militares israelenses em 12 de julho, na fronteira israelense-libanesa, o que provocou a ofensiva de Israel contra o Líbano.

Nasrallah, que Israel jurou liquidar, desmentiu que o Exército israelense tenha destruído metade dos mísseis e do arsenal do Hezbollah, ou que tenha liquidado "um grande número de dirigentes e membros" do grupo.

"Todas as declarações de Israel de que destruiu 50% do nosso potencial de mísseis e do nosso arsenal são apenas palavras equivocadas. Israel busca vitórias ilusórias", completou Nasrallah.

"Até agora não conseguiram atingir nada nesse âmbito, e eu confirmo. A direção do Hezbollah não foi afetada, e os combatentes do Hezbollah seguem com calma na batalha sobre o terreno", afirmou o líder xiita.

"Dissemos a Israel que a guerra está começando. Nossos combatentes conservam sua capacidade de resistência e preparam surpresas", advertiu, ironizando sobre as acusações de que o movimento teria agido por conta do Irã ou da Síria.

"Somos um movimento de resistência, temos prisioneiros em Israel e queremos libertá-los. Não informamos nem ao governo nem aos nossos aliados, Síria e Irã, da nossa decisão de capturar os dois soldados israelenses e não consultamos ninguém", garantiu.

"É estúpido achar que o Hezbollah aceita sacrificar seus dirigentes, seus combatentes, que mergulhe o país em uma guerra destruidora para que a Síria volte para o Líbano ou que o Irã possa desviar a atenção do mundo de seu programa nuclear", insistiu Nasrallah.

O dirigente xiita criticou o comportamento dos regimes árabes diante da ofensiva de Israel. "Pedimos que se mantenham neutros. Não queremos nem seus corações nem seus sabres. Vocês apoiaram o torturador e condenaram a vítima", atacou.




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