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Fumar maconha pode causar câncer, diz estudo
Das Agências
23/11/2001 | 14:23
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Um estudo francês afirma que o consumo da maconha propiciaria o aparecimento de câncer nos brônquios, na boca, no esôfago e na laringe. O estudo, realizado pelo Instituto Nacional de Saúde e de Investigação Médica da França, é na verdade uma síntese de cerca de 1,2 mil pesquisas científicas realizadas por especialistas de diversos setores (toxicólogos, neurofarmacólogos, psicanalistas, etc.) sobre o assunto.

De acordo com os dados, a maconha acarreta no aumento do risco de câncer, principalmente pelo modo de consumo da erva (cannabis sativa), geralmente associada ao tabaco e fumada em forma de cigarro. "Um cigarro de maconha contém 50 mg de alcatrão, quando um cigarro de tabaco só contém 12 mg, e a concentração de produtos cancerígenos desse alcatrão também é maior", assinalam os especialistas.

Uma substância, o delta9-tetrahidrocannabinol (D9-THC) - o mais abundante dos 60 cannabinoides registrados até o presente no cânhamo indiano - tem efeitos broncodilatadores, o que "poderia favorecer a retenção de alcatrão na boca, faringe, esôfago e laringe", estimam os cientistas. Estes haviam constatado já experimentalmente que células pulmonares animais ou humanas normais se transformavam em malignas quando eram expostas a fumo de cannabis.

Os especialistas do Inserm reconhecem porém que demonstrar a relação de causa e efeito entre o consumo de maconha e o aparecimento de transtornos é difícil, "particularmente porque o produto é ilegal na maioria dos países".

As pesquisas mais recentes permitem afirmar que experimentar canabbis, ou seja, seu consumo pelo menos uma vez na vida, vem aumentando entre os jovens dos jpaíses ocidentais nos últimos dez anos.

Fumar maconha envolve essencialmente os jovens de 15 a 19 anos. Os percentuais dos garotos e garotas que declaram ter consumido maconha pelo menos uma vez na vida são relativamente próximos. Mas, no que se refere ao consumo repetido (pelo menos dez vezes por ano), a proporção é maior entre os homens.

Segundo os especialistas, as campanhas de prevenção deveriam levar em conta certas situações particulares: mulheres grávidas, pacientes que sofrem de transtornos mentais e motoristas de automóveis.




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