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Amorim diz que o Brasil negocia salvo-conduto para Gutiérrez
Do Diário OnLine
Com Agência Brasil
22/04/2005 | 15:27
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O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o governo negocia com autoridades equatorianas um salvo-conduto para o ex-presidente Lucio Gutiérrez. O diplomata afirmou que a ação faz parte da tradição da política externa brasileira, mesmo argumento usado pelo vice-presidente José Alencar.

Amorim fez questão de afirmar que "o Brasil não pratica uma doutrina de reconhecimento de governos". Após a destituição de Gutiérrez, o Congresso do Equador nomeou o vice-presidente Alfredo Palacio para comandar o país. Desde então, o ex-presidente ficou sitiado na embaixada brasileira, após concessão de um asilo diplomático. O asilo territorial também foi aceito pelo presidente Lula, mas para isso Gutiérrez terá de vir ao país.

O ministro afirmou que ainda não está definida a cidade brasileira onde o ex-presidente do Equador irá permanecer. De acordo com Amorim, o presidente equatoriano deve ser abrigado em uma casa do governo brasileiro durante um tempo "razoável". Gutiérrez ainda está asilado na embaixada brasileiro em Quito, capital do país, aguardando pelo salvo-conduto que o autoriza a deixar o país em segurança.

Apesar da indefinição, o vice-presidente e ministro da Justiça, José Alencar, garantiu que o político equatoriano ficará em Brasília em uma residência cedida pelo Exército brasileiro.

Amorim disse ainda que o fato de o Brasil conceder asilo político a uma autoridade não significa simpatia, preferência ou apoio. "O asilo tem por objetivo não só proteger uma pessoa, mas contribuir para a paz social no país porque, às vezes, a presença continuada de uma pessoa é até um foco constante de agitação e rebelião", justificou.

O ministro participou nesta manhã de um seminário sobre política externa no TRE (Tribunal Regional Federal), em São Paulo.



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