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Petistas traçam metas para campanha em 2004
15/05/2004 | 19:41
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Com a definição do quadro de opositores que terá que enfrentar, especialmente nas grandes capitais, a cúpula do PT convocou neste sábado o marqueteiro Duda Mendonça para desenhar a estratégia que o partido pretende adotar diante da sua primeira grande prova de fogo, desde que chegou à Presidência da República. Antes da mensagem do publicitário, o presidente do PT, José Genoino, disse que o partido não teme uma nova disputa com o PSDB, no embate com José Serra para a Prefeitura de São Paulo. "Cada campanha vai ter o seu discurso, o seu programa, a sua tática, os tucanos estão muito nervosos, muito agressivos, muito sectários e isso não é bom para a disputa política." Mas garantiu: "O PT não fugirá de nenhuma questão polêmica, nada ficará sem resposta."

Sem citar o nome de Serra, o presidente do PT fez uma provocação ao PSDB: "Eles estão muito raivosos, não sei porque, eles governaram o Brasil durante oito anos." Genoino afirmou que o partido "vai fazer um jogo de acordo com as conveniências e as prioridades do PT, não vai entrar no jogo que os adversários querem". Ele não quis, no entanto, falar sobre os urubus do PT, que a prefeita Marta Suplicy condenou. "Isso aí é uma metáfora que a Marta faz."

Duda chegou à Conferência Nacional de Estratégia Eleitoral – encontro de quadros da legenda concluído nesta sábado –, acompanhado de Geraldin, Espectro e Makri, mágicos profissionais, que levaram na bagagem seus pombos, coelhos, cartas e a cartola. Após alguns números, bastante aplaudidos pela platéia petista, os pombos e os coelhos deram lugar ao publicitário. "Marketing não é mágica", disse Duda, em tom professoral, em meio a um cenário forrado de faixas e pôsteres com frases do tipo "vai começar a partida, bola prá frente".

"Campanha eleitoral é uma certa guerra política", resumiu o presidente do PT, José Genoino. Publicamente, ele defendeu uma campanha sem truculências, "sem brigalhada, sem sectarismo, sem rancores".

Para uma cidade como São Paulo, onde o PT ambiciona manter-se no poder com a reeleição de Marta Suplicy, Duda deu esta receita: "Num país machista como o nosso, acho que para uma mulher ser prefeita de São Paulo, ela tem que ser macho, ela tem que brigar e isso ela faz."




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