O acordo, elaborado ao longo de vários meses de negociaçoes, deve pôr fim a uma guerra de mais de dois anos que provocou várias mortes e o êxodo de milhares de pessoas. Entretanto, este nao equivale necessariamente a uma normalizaçao das relaçoes entre Asmara e Addis Abeba, advertiu o primeiro-ministro etíope, Meles Zenawi.
O texto será assinado pelo presidente Isaias Afeworki e por Meles Zenawi no Palácio das Nacoes do Club des Pins, a alguns quilômetros de Argel, no litoral oeste.
O presidente argelino Abdelaziz Bouteflika, um dos mediadores do acordo, Albright e Annan, o secretário-geral da Organizaçao da Unidade Africana (OUA) Ahmed Salim Ahmed assistirao à assinatura do acordo.
A Argélia, que desempenhou um papel importante para a elaboraçao do acordo de paz, já havia conseguido antes um contrato para ``cessar hostilidades', firmado em 18 de junho passado em Argel, apesar da forte intensificaçao dos combates no mês de maio. Este acordo permitiu que as negociaçoes de paz avançassem.
A mediaçao, da qual participaram também a Uniao Européia e os Estados Unidos, começou em dois agitados encontros realizados em maio e junho em Argel e prosseguiu em Washington em julho e novamente em Argel em outubro passado.
O presidente Buteflika se empenhou muito para que acordo fosse aceito pelos dois países. Até o momento, continua pendente a delimitaçao da fronteira entre Etiópia e Eritréia, que foi a origem do conflito.
Eritréia, ex-província etíope, conseguiu sua independência em 1993, depois de uma ``guerra de liberaçao' de trinta anos. Os primeiros soldados da Missao das Naçoes Unidas na Etiópia e Eritréia (MINUEE) chegaram à futura zona de segurança de 25 km de extensao e situada exclusivamente no território eritréo.
No total, a força da ONU deve compreender 4.200 homens sob o comando do general holandês Patrick Cammaert. Cerca de 220 observadores devem se juntar aos soldados.
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