O aumento dos juros deve voltar a assombrar os consumidores e, com isso, os comerciantes brasileiros. É o que espera a maioria esmagadora de 48 instituições financeiras de um total de 60 consultadas.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) deverá anunciar, na próxima quarta-feira, mais uma elevação de 0,50 ponto porcentual na taxa básica de juros, de atuais 12,25% ao ano para 12,75%.

Não haveria novidade nesta pesquisa, se boa parte dos bancos não apresentassem as projeções de analistas que chegaram a inserir em suas planilhas previsões de aumento, de 0,75 ponto da Selic.

ESTIMATIVA ANTERIOR - No levantamento anterior ao Copom de junho, a aposta de alta da Selic em 0,50 ponto já havia sido a maioria.

No período, 68% das 50 casas consultadas trabalhavam com essa taxa. Agora, 80% de um total de 60 instituições ouvidas acreditam que o Copom acrescentará mais 0,50 ponto na taxa nominal de juros.

A desaceleração da inflação, ainda que pontual, está na conta daquelas instituições que voltaram atrás nas suas projeções de aumento de juros.

Foi a fala do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na terça-feira (15), que saciou a fome do mercado por um aumento mais substancioso da Selic.

PROCON-SP - Segundo pesquisa do Procon-SP, ainda sem o aumento previsto de 0,50 ponto porcentual na taxa para esta semana, o consumidor está pagando duas vezes a conta da escalada da inflação: uma, nos preços dos produtos básicos que compra nos supermercados e, outra, nas taxas de juros cobradas pelos bancos.