O novo modelo, que está situado no nível top de sua categoria, foi testado pelo Diário em percurso misto de cidade e estrada por cerca de 700 km. O desempenho da nova versão da Ford ficou otimizado por conta do bom casamento entre o motor Zetec 2.0 16V e o câmbio automático, que dispõe de três velocidades, mais a ré, e sistema overdrive – que equivale à quarta marcha – com trocas controladas eletronicamente por seis solenóides, que têm o intuito de proporcionar melhor escalonamento nas trocas.
A grande peculiaridade da transmissão automática do Focus Ghia sedã é a capacidade de reconhecer o tipo de solicitação feita pelo acelerador, proporcionando trocas de marchas específicas dentro das necessidades de diferentes percursos.
Na cidade, com condições de trânsito e velocidades mais baixas, as trocas se mostraram condizentes. Para situações em que o motorista necessita limitar a velocidade, é possível optar, no percurso urbano, pelo desligamento manual do botão overdrive – localizado na parte traseira da alavanca seletora – e dirigir apenas com as três primeiras marchas.
Porém, quando o acelerador é acionado com mais profundidade, principalmente para situações de ultrapassagens na estrada, o câmbio aumenta o tempo da próxima troca até atingir a rotação máxima do motor. Além disso, a transmissão pode obter também o efeito de reduções forçadas, quando o motorista necessita de mais velocidade para realizar uma manobra.
A dirigibilidade ainda é otimizada por causa do controle de tração, localizado no console do câmbio, e que previne a derrapagem das rodas em condições de estradas escorregadias, superfícies ou terrenos acidentados. Quando o sistema é desativado, o motorista verá um sinal luminoso no painel de instrumentos.
O motor Zetec 2.0 L tem desempenho com 130 cv de potência e atinge velocidade máxima de 182 km/h. Segundo a Ford, o Focus sedã tem consumo médio de 8,1 km/l na cidade e 14,3 km/l na estrada.
Apesar do Focus com transmissão automática acelerar de zero a 100 km/h em 14,2 segundos – o modelo sedã com transmissão manual de cinco velocidades parte da imobilidade aos 100 km/h em 9,8 segundos –, o veículo possui um bom arranque. O ar-condicionado ligado, na hora da partida, não roubou inicialmente potência do motor.
No teste realizado em ruas com paralelepípedos, o nível de ruído do motor mostrou-se inexistente. A suspensão do Focus – independente e com barras estabilizadoras, do tipo McPherson na dianteira, e montada em subchassi separado e com multi-link na traseira – é bem acertada e proporciona estabilidade para o motorista.
A direção hidráulica, com coluna ajustável em altura e profundidade, é precisa. Além disso, o motorista sente confiança no sistema de freios, compostos de dois circuitos hidráulicos diagonais independentes com a presença do ABS. O modelo, que é produzido na Argentina, traz ainda porta-malas com capacidade de 490 litros.
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