O turismo já ocupa a terceira posição no ranking dos produtos que mais geram divisas à balança comercial brasileira. Perde apenas para a exportação da soja em grão e do minério de ferro. Só no primeiro semestre deste ano, o segmento registrou um superávit de US$ 2.125 bilhões.

O balanço foi anunciado pelo ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, durante a 8ª Reunião do Conselho Superior de Comércio Exterior – Coscex, realizada na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) neste mês. "O turismo no mundo cresce a uma média de 10% ao ano. No Brasil, o setor está crescendo acima dos 15%", afirmou Mares Guia, reiterando a importância do setor para o desenvolvimento econômico do país: "Cada 1 milhão a mais de desembarques representa a geração de 605 mil empregos diretos e 110 mil indiretos."

O volume de passageiros nos aeroportos também cresceu: nos seis primeiros meses de 2005, foram contabilizados 20.072.579 desembarques em vôos nacionais, o que representa um aumento de 18,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Já no tráfego internacional, foi atingido um crescimento de 15,4% com a marca de 3.341.485 passageiros vindos de outros países. O maior recorde do setor, no entanto, foi constatado no acumulado de 12 meses, que totalizou 39,8 milhões de passageiros.

Durante o mês de julho, a Infraero registrou outro recorde: aumento de 20,34% no número de desembarques em vôos internacionais em comparação a julho do ano passado. E segundo nota divulgada pelo Banco Central na semana passada, os estrangeiros gastaram 34,23% mais do que no mesmo mês de 2004, com a entrada de US$ 298 milhões. No período de janeiro a julho, os estrangeiros deixaram no país US$ 2,166 bilhões (crescimento de 17,2%). O cálculo do BC inclui as trocas cambiais oficiais e os gastos com cartão de crédito internacional.

Financiamentos – Outro dado apresentado no início do mês refere-se ao volume de financiamentos federais no setor. De acordo com relatório fechado pelo Ministério do Turismo, o total de desembolsos financeiros para o segmento dobrou no primeiro quadrimestre de 2005. Enquanto no mesmo período de 2004 foram investidos R$ 314,1 milhões, neste ano os recursos federais atingiram a soma de R$ 616,1 milhões, um crescimento de 96,2%. E no espaço de 12 meses, entre maio do ano passado e abril deste ano, os financiamentos alcançaram a cifra de R$ 1,5 bilhão. As instituições que mais contribuíram foram o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o Banco da Amazônia e o Banco do Nordeste.