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Estudo revela que sul-americanos eram morfologicamente diferentes
Da AFP
12/12/2005 | 21:34
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Os exames de caixas cranianas descobertas no Brasil mostram que os primeiros sul-americanos eram morfologicamente diferentes dos ameríndios, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira.

Esta descoberta tende a confirmar a hipótese de que as Américas foram habitadas sucessivamente por dois grupos humanos com características morfológicas diferentes, explicam Walter Neves e Mark Hubbe, na última edição dos anais da Academia Americana de Ciências (semana de 12 a 16 de dezembro).

Os pesquisadores descobriram que os traços morfológicos dos primeiros habitantes da América do Sul, tais como um proeminente maxilar inferior, um nariz achatado e órbitas oculares maiores, eram diferentes dos observados nos crânios dos ameríndios e ancestrais dos siberianos.

Estes 18 crânios, que datam de 7,5 mil a 11 mil anos atrás, descobertos na região de Lagoa Santa (sudeste do Brasil), têm outras semelhanças com os nativos da Austrália, melanésios e habitantes da África subsaariana, avaliam os paleontólogos.

Outros crânios descobertos anteriormente pelas Américas também mostraram características diferentes das dos ameríndios, mas seu pequeno número não permitiu tirar conclusões sobre o assunto.

Restos que remontem a 8 mil anos são muito raros no continente americano, destacam os cientistas, acrescentando que humanos parecidos com os paleoíndios estavam presentes na Ásia há cerca de 20 mil anos, o que torna plausível que os dois grupos tenham atravessado o Estreito de Bering para se instalar no continente americano provavelmente 2 mil anos antes dos siberianos.



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