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Brasil pede que FMI de mais poder de decisão a países pobres
Da AFP
17/04/2005 | 20:16
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O Brasil pediu neste domingo ao FMI (Fundo Monetário Internacional) que simplifique sua fórmula de cotas entre os acionistas, para dar mais voz e permitir uma maior participação dos países pobres com o objetivo de aumentar o acesso dos mesmos aos recursos financeiros.

"Exortamos o FMI a revisar a fórmula de cotas. Se o Fundo aprovar tal medida, as mudanças na fórmula teriam um impacto imediato no acesso aos recursos financeiros", afirmou o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, diante do Comitê de Desenvolvimento do Bird (Banco Mundial) e o FMI.

Palocci destacou a necessidade de se debater maneiras de aumentar "a representação e influência" dos países em desenvolvimento nas instituições de Bretton Woods, e sustentou que, no caso do Brasil, o caminho certo é aumentar seu poder de voto acumulável.

O secretário do Tesouro americano, John Snow, concordou que chegou a hora de discutir os temas de "voz e participação" no FMI e Bird. "Os Estados Unidos dão uma prioridade muito alta à preservação do caráter global destas instituições. São necessárias consultas e uma consideração cuidadosa para lidar com os complexos temas envolvidos, e acreditamos que é hora de fazê-lo".

Palocci também pediu aos países ricos que facilitem significativamente o acesso a seus mercados agrícolas, para que as nações em desenvolvimento possam reduzir a pobreza. O Comitê de Desenvolvimento, que aconselha as diretorias do Bird e FMI sobre questões ligadas a este tema, sustenta em seu comunicado final que aumentar a voz e participação dos países em desenvolvimento em ambas as instituições "continua sendo uma preocupação".

"Somente pode haver progressos através de um amplo consenso em nível político", diz o comunicado. Segundo o comitê, o tema voltará a ser discutido em sua próxima reunião, prevista para setembro, em Washington.




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