Os seis acusados de participação no assassinato do milionário da Mega-Sena René Senna, entre eles a viúva da vítima, Adriana Ferreira Almeida, vão a júri popular, informou nesta terça-feira o TJ (Tribunal de Justiça) do Rio de Janeiro.

De acordo com a juíza Renata Gil de Alcântara de Souza, além de Adriana, o ex-Policial Militar Anderson de Souza; sua esposa, a professora de educação física Janaína Silva de Oliveira; o cabo da Polícia Militar Marco Antônio Vicente; o sargento Ronaldo Amaral de Oliveira, conhecido o China; e o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira, permanecerão presos até o julgamento. A data ainda não foi divulgada.

Segundo denúncia do Ministério Público, o crime foi cometido por motivo torpe, já que Adriana pretendia se beneficiar de um testamento preparado por René. O documento excluía seus 11 irmãos e dividia a fortuna entre ela e a filha do milionário. Em 2005, René ganhou R$ 51,8 milhões na Mega-Sena.

O milionário foi assassinado com quatro tiros na cabeça no dia 7 de janeiro deste ano, em Rio Bonito, no Rio de Janeiro, quando tomava cerveja em um bar. Para a Justiça, a vítima não teve chance de defesa, pois perdera as duas pernas em conseqüência da diabetes e não poderia fugir.

Indícios – Para o Ministério Público, as provas produzidas durante o processo, como o depoimento contraditório dos acusados e interceptações telefônicas indicam participação de todos no crime.

Além disso, dois dias antes do crime Adriana abandonou a fazenda onde vivia com o milionário após uma forte briga. Depois do assassinato, a viúva transferiu valores da conta conjunta do casal para uma conta pessoal e contratou um advogado criminalista.