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Estrangeiros só conhecem Brasil por café, praias e Pelé
Do Diário OnLine
13/11/2001 | 15:26
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O Brasil é conhecido no exterior por suas praias, café e pelo rei do futebol, Pelé. Segundo pesquisa mundial encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), Pelé foi apontado por 33,9% dos entrevistados como o brasileiro mais conhecido. O presidente Fernando Henrique Cardoso aparece em quarto lugar, com 3,8% das indicações. Em segundo e terceiro lugar estão o jogador Ronaldinho e o piloto de Fórmula 1, Ayrton Senna.

O produto brasileiro mais conhecido no exterior segue sendo o café. Dos 8.912 entrevistados, 58,2% apontaram o café como principal produto exportado pelo Brasil, seguido pela banana, indicado por 4,3%.

Segundo a pesquisa, 70,8% dos entrevistados já ouviu falar do Brasil e 65,8% sabe que o Brasil fica na América do Sul. Grande maioria dos americanos (84,8%) sabe que o Brasil fica na América do Sul enquanto apenas 43,1% mexicanos têm a mesma informação.

Entre os entrevistados, 68,2% considera o brasileiro "alegre e hospitaleiro" e 48,7% acredita que o povo brasileiro é trabalhador e confiável.

A pesquisa foi realizada em 22 países entre os dias 15 de agosto e 10 de outubro, coordenada pelo Instituto Sensus, em associação com 17 institutos internacionais de pesquisa.

Problemas mundiais — O desemprego e a pobreza são apontados por 20% dos entrevistados como os principais problemas mundiais. Em segundo lugar aparece a guerra e o terrorismo, 19,4%, seguidos pela corrupção e o crime com 16,4%.

A pesquisa, realizada em 22 países, teve os questionários distribuídos antes dos ataques do dia 11 de setembro nos EUA. Os brasileiros apontaram a corrupção, o crime seguidos do desemprego e da pobreza os principais problemas do mundo.

Os países desenvolvidos apontaram a tolerância como o principal valor para os governos dos países. Os países em desenvolvimento, entretanto, apontaram a obediência e a religião.

Os entrevistados também citaram os problemas de distribuição de renda e educação (64%).

Globalização — A pesquisa ainda revelou que o grau de desinteresse e desinformação sobre a globalização é um dos principais destaques do estudo sobre a percepção que os estrangeiros têm dos brasileiros e do próprio mundo.

Segundo os dados, 27,8% dos 8.912 entrevistados disseram que não está claro se a globalização da economia mundial beneficia ou prejudica as nações e 26,5% afirmaram que não ouviram ou não tem opinião sobre o assunto.

Já para 21,4% dos entrevistados, a globalização beneficia o país. Mas 15,2% disseram que o processo é prejudicial.

Os mais favoráveis à globalização foram os chineses, com 50,2%. E os mais contrários foram os argentinos, com 32,7%.

No Brasil, 19% afirmaram que a globalização prejudica o país e 17,8% disseram que ela é benéfica.

Em relação ao apoio à formação de blocos econômicos, como o Mercosul, 63,4% são favoráveis e 19,1% são contra.

Amostragem — A amostra abrangeu 22 países, totalizando 8.800 entrevistas, com a média de 400 entrevistas por país. Os países foram selecionados por sua representação e relevância. No continente americano, a pesquisa foi realizada no Brasil, Estados Unidos, Argentina e México. Na Europa, os países selecionados foram Alemanha, Inglaterra, França, Suécia, Itália, Espanha, Portugal e Rússia. Na Ásia, a pesquisa foi realizada no Japão, China, Coréia do Norte, Índia e Indonésia. No Oriente Médio, as entrevistas foram realizadas em Israel e na Síria. Na África, foi realizada na Nigéria e na África do Sul. Na Oceania, na Austrália.




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