Cultura & Lazer Titulo "As imagens são perturbadoras"
Karol Conká diz que não foi vilã no BBB21, mas desabafa sobre sua participação
01/03/2021 | 10:11
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Divulgação


Em entrevista para o programa Fantástico no último domingo, dia 28, a cantora Karol Conká falou sobre racismo, abuso psicológico, e a sua eliminação do BBB21, com recorde de rejeição. A rapper revelou não conseguir se sentir forte depois de rever os acontecimentos do programa:

- Eu tenho que estar sempre forte. Acho que é porque eu vi a minha mãe fazendo sempre isso. Ou porque a fraqueza está ligada à vulnerabilidade, mas eu não consigo me sentir forte vendo o que eu fiz na casa. Depois que a gente sai e vê as imagens, elas são muito perturbadoras.

Karol relembrou momentos em que sofreu racismo na infância e como começou a fazer rap:

- Foi no colégio, tipo uma gincana. Cada um entrega uma coisa, e eu falei: Deixa que eu escrevo um som. E aí eu fiz, desde aquele dia, os meninos pararem de me xingar. Eu não era só a neguinha boba, eu era a Karol Conká, aquele menina que faz umas rimas, aquela menina que entende de rap.

A artista ainda falou sobre como lidou com o recorde de rejeição na sua eliminação do BBB21, e sobre como enfrentou situações delicadas enquanto estava na escola:

- Eu era muito rejeitada, não pela minha família, mas em colégio. Eu não tinha muita compreensão dos professores. Teve um momento marcante, da professora falar: Você não conseguiu resolver essa equação porque você é preta e você nasceu para limpar privadas. E um menino no colégio falou: Mergulhe numa piscina de água sanitária para falar comigo. E eu fiquei pensando: Mas, por que? E eu vi que era porque dissolvia cor, e aí eu molhei o dedo e fiquei passando no braço para ver se dava algum efeito ali.

A ex-BBB revelou, ainda, o pedido que fazia para o Papai Noel na infância:

- Quando eu era criança, e acreditava em Papai Noel ainda, eu pedia na carta para ser branca. Meu sonho era ser branca para não sofrer.

Karol reconheceu que teve algumas ações abusivas em relação a outros participantes da casa:

- Ali é um estouro que me dá, e eu falo coisas, entro na mente da pessoa para deixar ela triste, mal. Isso é um tipo de abuso psicológico também.

No entanto, a cantora afirma que não se sente uma vilã e reconhece os seus erros:

- Não me sinto uma vilã. Eu sinto que sou uma pessoa que cometeu erros, que teve um deslize. A única coisa que eu tenho para dizer, é pedir perdão mesmo para todo o Brasil. Não tive controle ali na hora, e realmente eu não sou essa pessoa aqui fora.




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