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Viagem no tempo
Fabiana Piasentin
Enviada a Petrópolis
25/06/2009 | 07:00
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Cada pedra fincada nas ruas estreitas do Centro Histórico de Petrópolis conta uma parte importante da época imperial brasileira. O destino da cidade - uma região pantanosa e de difícil acesso - começou a mudar em 1822, quando D. Pedro I hospedou-se na fazenda do padre Correia e se encantou com a região. Adquiriu, então, a fazenda Córrego Seco, rebatizada de Imperial Fazenda da Concórdia.

Quando Dom Pedro I abdicou do trono brasileiro e voltou a Portugal, coube a Dom Pedro II seguir com os planos de povoação de Petrópolis. Em 1843, ele assinou um decreto que determinava o assentamento de uma povoação e a construção do palácio de verão, que ficou pronto em 1847.

Com o advento da República, a residência de veraneio de Dom Pedro II e de sua mulher, Teresa Cristina, foi ocupada pelo Colégio Notre Dame de Sion e, posteriormente, pelo Colégio São Vicente de Paula.

Em 16 de março de 1943, um decreto do então presidente Getúlio Vargas transformou o local no Museu Imperial. A construção, em estilo neoclássico, é aberta para visitação e abriga peças importantes da monarquia, como a coroa e o manto imperial de Dom Pedro II, além de joias, porcelanas e peças de arte. O acervo é trocado constantemente e quase todos os móveis são originais.

Às quintas, sextas e sábados, sempre às 20h, o Museu Imperial apresenta o espetáculo Som e Luz. Durante os 45 minutos de apresentação, são narrados - através de uma projeção de luzes na parede de água formada por uma fonte - os fatos mais marcantes do século 19 e da família imperial.

2º REINADO - No Centro Histórico, destaca-se a arquitetura dos casarões do século 19 da Avenida Koeler, que é perpendicular à Catedral São Pedro de Alcântara.

Em estilo neogótico francês, a igreja abriga os restos mortais de Dom Pedro II, dona Teresa Cristina, Princesa Isabel e seu marido, o Conde D'Eu, responsável pela construção de outro marco arquitetônico de Petrópolis. Em visita ao pavilhão onde se realizara a Exposição Industrial de 1851, em Londres, Conde D'Eu se encantou com a pureza das linhas do prédio construído em aço e ferro e decidiu erguer uma réplica em Petrópolis - o Palácio de Cristal -, em menor escala, para abrigar um jardim.

Além de uma exposição permanente de orquídeas, o Palácio de Cristal também apresenta, todos os sábados, às 18h, os shows Som e Cristal, com apresentações gratuitas de grupos de MPB, chorinho, músicas clássica e contemporânea. Nas últimas quintas-feiras do mês, ocorre a Serenata Imperial, às 20h.

REPÚBLICA - Reaberto em março, o Palácio Rio Negro conta a história da Petrópolis republicana e foi nada mais, nada menos do que a residência de verão de 13 presidentes. Erguido meses antes da proclamação da República pelo Barão do Rio Negro, Manoel Gomes de Carvalho, o complexo é um símbolo do luxo da época áurea do café.




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