O macaco visto há dois anos na República Democrática do Congo não é nem um chimpanzé gigante, nem um híbrido entre gorila e chimpanzé, como alguns acreditavam, e muito menos uma espécie desconhecida, mas um chimpanzé comum, só que robusto, afirmam pesquisadores holandeses na edição de sábado da revista científica New Scientist.
Os primeiros boatos sobre a existência deste primata remontam aos anos 1990. Em 2004, a primatologista americana Shelly Williams disse ter visto "a besta", "enorme e silenciosa", na selva próxima à localidade congolesa de Bili.
Estes macacos são enormes, chegam a pesar mais de 100 kg, seus pés deixam marcas com mais de 34 centímetros de comprimento e apresentam características similares às do gorila.
Após passar um ano atrás das marcas destes titãs e 20 anos observando-os, Cleve Hicks e seus colegas da universidade de Amsterdã chegaram à conclusão de que, apesar de seu tamanho, são simples chimpanzés da África Oriental, da subespécie Pan troglodytes schweinfurthii.
"Não vejo que sejam gorilas", garantiu Clive Hicks, durante o congresso anual da Sociedade Internacional de Primatologia, celebrado esta semana em Uganda.
As fêmeas apresentam uma protuberância rosácea ao redor dos genitais, uma característica do chimpanzé ausente no gorila, e pulam de galho em galho como eles, entre outras coisas.
Antes de dar sua última palavra, os cientistas prevêem fazer uma análise de seu DNA.