Apenas o setor de tecidos, vestuário e calçados apresentou taxa negativa (-2,37%) nas vendas em agosto, entre os oito setores que integram o comércio varejista. O resultado faz parte da PMC (Pesquisa Mensal do Comércio) divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

As demais atividades além de apresentarem índices positivos, registraram altas em relação ao mês de julho. Os combustíveis e lubrificantes tiveram variação de 1,42%; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebida e fumo, de 0,53%, e móveis e eletrodomésticos, de 0,03%.

Segundo o economista da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Reinaldo Pereira, a expansão do crédito e melhora na renda da população continuaram favorecendo o desempenho dessas atividades.  Ele explicou que embora o crédito tenha apontado uma redução no ritmo, principalmente daquele que é descontado na folha de pagamento, as taxas ainda estão positivas. "A quantidade de crédito ainda em 2005 ainda é maior do que em 2004. Então, ainda se vê um crescimento nessas atividades na comparação com igual mês", disse.

As outras quatro atividades (artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; livros, jornais, revistas e papelaria e outros artigos de uso pessoal e doméstico) passaram a fazer parte do Sistema de Índices do Comércio Varejista em janeiro de 2004, quando foi desmembrado o grupo que considerava artigos de uso pessoal e doméstico. Essas atividades só passarão a ter taxas com ajustes sazonais publicadas quando as suas séries completarem 60 meses.