Segundo Filippi, nesse meio tempo o vice Joel Fonseca – também candidato – deverá assumir a administração sem prejuízos. "O Joel poderá resolver os problemas administrativos, ele já assumiu a prefeitura antes e a equipe está bem estruturada", afirmou. No entanto, essa decisão poderá trazer problemas jurídicos, já que pela LOM (Lei Orgânica do Município), o prefeito pode se afastar temporariamente de suas funções em três circunstâncias: em missão oficial, por motivos de doença e férias. Dentro destes critérios, o prefeito não precisa de autorização da Câmara para se licenciar por até 10 dias. Ultrapassado tal prazo, os vereadores devem conceder a licença, dentro do estabelecido na lei.
A intenção do petista é a de prolongar seu afastamento sem remuneração até outubro, para isso já pediu à Secretaria de Assuntos Jurídicos um projeto para alterar a Lei Orgânica do Munícipio e encaminhá-lo à Câmara.
A secretária de Assuntos Jurídicos, Vanessa de Oliveira, esclareceu nesta quinta que o prefeito a consultou nesta semana sobre as condições de afastamento, mas não a comunicou da decisão tomada pelo grupo político. "Ele me passou também a tarefa de estudar uma alteração na LOM para ampliar os critérios previstos (no artigo 78), mas essa decisão de sair imediatamente não foi comunicada", afirmou a secretária.
Esse empenho em sair às ruas em tempo integral indica uma preocupação com as campanhas do adversário José Augusto Silva Ramos, o José Augusto (PSDB). Na última pesquisa realizada pelo instituto Brasmarket/Diário, no final de abril, Filippi e José Augusto estavam empatados tecnicamente: o petista contava com 30,2% das intenções de voto e o tucano, 26,6%. Logo no início da campanha, o petista já havia ventilado a possibilidade de se afastar do cargo, mas optou em conciliar as duas tarefas. José Augusto foi procurado pela reportagem para comentar o assunto mas não foi localizado.
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