Economia Titulo Aposentadoria
Arrecadação da previdência privada avança 38% em março
Erica Martin
Do Diário do Grande ABC
22/05/2012 | 07:30
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A preocupação em formar reserva financeira para o longo prazo fez a arrecadação do mercado de previdência complementar avançar 38,48% em março na comparação com o mesmo mês do ano passado - o montante passou de R$ 4 bilhões para R$ 5,6 bilhões, segundo a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida). No trimestre foram R$ 14,8 bilhões, crescimento de 26,5%, na comparação com os 11,7 bilhões verificados nos três primeiros meses de 2011.

De acordo com o professor da Fipecafi Silvio Paixão, o produto é indicado para quem ganha acima de R$ 4.000 por mês e quer manter o padrão de consumo ao se aposentar, ou ainda, quem recebe renda mensal menor, mas quer preparar as finanças ao se aposentar com a consciência de que os custos médicos serão maiores - afinal o teto da Previdência Social (para o aposentado que contribui com o valor máximo) é de R$ 3.916.

Há dois planos tradicionais de previdência complementar. O PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) é indicado para quem faz a declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física no modelo completo (pessoas que têm altas despesas com Educação e Saúde); contribui com o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social); tem renda tributável e IR para pagar ou restituir. Quem escolhe o produto, paga o Imposto de Renda sobre o valor total da aplicação (ganhos e aportes) na hora do resgate. Se o investidor não atender todas os quatro quesitos, ele deve procurar o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre)

A vantagem do PGBL é poder diminuir a base de cálculo do imposto, mas a aplicação deve representar no máximo 12% da renda anual. Quem ganha R$ 40 mil ao ano, por exemplo, poderá ter o imposto calculado sobre R$ 35,2 mil. "Só vale investir (nessa modalidade) o correspondente a 12% do salário". explicou Paixão.

Já o benefício do PGBL é que o imposto incide apenas sobre os ganhos. Os custos para quem aplica nos planos são as taxas de administração, pagas anualmente, e as de carregamento, que precisam ser liquidadas na fase inicial da aplicação. "E é importante negociar esses valores", alertou Paixão.

O regime tributário, ou seja, a alíquota de Imposto de Renda , cobrado no resgate do dinheiro também exige atenção. No modelo regressivo, o tributo diminui ao longo dos anos de aplicação (de 35% para 10%), no progressivo a tributação é de 15% independentemente do valor.




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