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Sem força, oposição de Mauá trava duelo e parte para troca de acusações
Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
21/12/2008 | 07:43
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A futura oposição de Mauá, ao que tudo indica, será oposição dela própria. O PV e o PSB, que estavam unidos - pelo menos publicamente - durante parte da campanha de Chiquinho do Zaíra (PSB) à Prefeitura, já não escondem a falta de sintonia.

Os socialistas fizeram aliança com os petistas para eleger Rogério Moreira Santana (PT) presidente da Câmara, mas o PV ainda não sabe se apoiará a decisão e culpa o PSB pelo fato de não haver disputa pelo cargo na Casa. "O PV não lançará ninguém porque esse apoio do PSB ao PT nos tirou da disputa. Não vamos ter votos. O partido do Chiquinho, que foi uma oposição ferrenha ao Oswaldo Dias, fez uma coisa dessas", alfinetou o vereador Átila Jacomussi (PV).

A deputada estadual Vanessa Damo (PV) - que não elegeu seu aliado Antônio Bertucci como vereador - classificou como "incoerente" o acordo entre as legendas.

Mas a troca de farpas é mais antiga. A deputada acusou o PSB de ter tentado simular um racha com o PV durante o segundo turno. "O Chiquinho pediu para meu pai (o prefeito de Mauá, Leonel Damo) e eu nos afastarmos da campanha, para que ele fosse vitimizado. Depois, criaram comentários de que estávamos do lado do PT".

Dias antes da eleição Chiquinho chegou a dizer que havia sido "abandonado" por Damo.

Após o resultado das urnas, o socialista disparou ataques contra os ex-aliados.

Caso pensado - Vanessa também afirmou que o prefeito teve dificuldades para administrar o primeiro escalão. "Grande parte do secretariado estava ligada ao grupo do Chiquinho. Desde o início, as pessoas fizeram com que o trabalho fosse voltado para a candidatura dele, desconstruindo o governo do meu pai". Mesmo assim, ela quer o socialista em seu palanque em 2010, quando disputará a reeleição. A parlamentar só aceitou se aliar a Chiquinho após ter a garantia de que receberia o seu apoio daqui dois anos.

O presidente do PSB, Carlos Tomaz, rebateu a deputada. "Não houve esta simulação. Quando o Chiquinho deixou o governo, ele não podia ser responsabilizado pelas ações do prefeito. Quanto ao secretariado, o Leonel tinha a caneta. Poderia mudar quem quisesse."

Nem mesmo internamente o PV consegue manter a unidade. "O partido em Mauá precisa passar por um realinhamento. Faltam pessoas que sejam verdadeiramente partidárias e que defendam nossa bandeira. O que temos são pessoas que querem apenas se beneficiar", acusa a presidente estadual da sigla, Regina Gonçalves.




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