Ao chegar ao portao da Febem, na Avenida Celso Garcia, seu filho, Amadeu Eduardo Perazzolo, 18, nao estava lá. Mandaram que o procurasse no 81º DP. "Preso em flagrante por tentativa de homicídio e formaçao de quadrilha? Esse pessoal está louco", reagiu.
"Meu filho nunca matou nem bateu em ninguém", disse. "Ele só roubava carro para passear." Amadeu, em quatro anos, foi internado sete vezes em unidades da Imigrantes e do Tatuapé por roubo de carros, principalmente importados. Agora, estava internado desde outubro.
No início, revoltada, dizia: "Os monitores têm de ser mortos mesmo" ou "a Febem nao dá educaçao, nao há cursos, só de criminalidade, onde aprendem a usar drogas."
Mais calma, mudou sua opiniao. "Meu filho fazia cursos de pintura, de dança de rua e de pirografia e vários de seus trabalhos seriam expostos no bazar."
Também disse que nao podia se queixar dos monitores. "Sempre me atenderam bem e, quando eu ligava, deixavam meu filho falar comigo", confidenciou. "O Amadeuzinho é um pouco nervoso, mas estava melhorando e em março ia sair", afirmou.
Ela lembrou que no último domingo do mês era promovido um churrasco entre os internos e suas famílias, com alguns funcionários participando. "No domingo de meio de mês era uma macarronada."
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