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Volks e GM suspendem jornada extra
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
19/08/2011 | 07:30
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Volkswagen e General Motors estão reduzindo a produção, com o cancelamento de jornadas de trabalho extras aos fins de semana, para se ajustar à demanda mais fraca por veículos zero-quilômetro.

A Volks cancelou, na unidade Anchieta, em São Bernardo, a fabricação que estava programada para três sábados, dois em julho e um agosto, com os quais a empresa produziria 3.000 carros. A montadora faz na região os modelos Gol, Saveiro, Voyage, Kombi, Polo hatch e Polo sedan.

Segundo o vice-presidente de compras da montadora para a América do Sul, Alexander Seitz, o mercado estava aquecido artificialmente com vendas a frotistas. Com a desaceleração da procura, a empresa decidiu suspender a produção extra nesses dias.

Por sua vez, a General Motors suspendeu em Gravataí (RS) a produção prevista para dois sábados, neste mês. Com isso, deixará de fabricar cerca de 1.500 veículos dos modelos Celta e Prisma. A informação foi confirmada por fontes da empresa durante visita da presidente Grace Lieblein à fábrica da cidade gaúcha, na quarta-feira. Pela rotina recente, a GM convocava os trabalhadores para turnos extras aos sábados duas vezes por mês e mantinha a folga geral nos outros dois. Como não fez isso em agosto, ficou os quatro sábados do mês sem produzir.

A montadora já havia informado a decisão de parar parte da produção em São José dos Campos, no interior de São Paulo, a partir do dia 22 até 4 de setembro, o que significará 1.500 carros a menos.

DEMANDA - Na primeira quinzena deste mês, as vendas de veículos zero-quilômetro caíram 3% frente ao mesmo período de julho. Com isso, sinalizam que o segmento terá resultados fracos no fechamento do mês e ampliará ainda mais o volume em estoque. Em julho, de acordo com dados da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores, a indústria automobilística contabilizava 367 mil carros estocados nos pátios das montadoras e concessionárias, o correspondente a 36 dias (tempo necessário para a desova). Em junho, eram 33 dias.

O presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, havia dito, no mês passado, que acima de 35 dias, os estoques começavam a pesar nos custos financeiros das empresas. (com AE)




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