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Reali e Filippi
prestigiam aliados
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
26/09/2011 | 07:55
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O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), não esconde de ninguém a intenção de manter a base que o ajudou a chegar à Prefeitura há quatro anos e que formou o bloco de sustentação na Câmara. Para isso, conclamou seu padrinho político, o deputado federal José de Filippi Júnior (PT), e seu chefe de Gabinete, Osvaldo Misso (PT), a comparecerem ao maior número possível de eventos políticos de aliados.

Em pouco mais de um mês, o triunvirato petista participou de atos do PR, PDT, PCdoB e PSB. Os três também são aguardados em atividade de filiação do PPS, marcada para hoje, na sede do Legislativo.

A estratégia formada pela cúpula do PT é turbinar ações de governistas para, além de sustentar o arco de alianças, atrair novos partidos e marcar recados claros a siglas situacionistas que pensam em lançar candidatos próprios à corrida eleitoral.

O PDT é um exemplo claro de como o PT vai tratar legendas que queiram aderir ao projeto de reeleição de Reali. Os trabalhistas estiveram na coligação derrotada encabeçada pelo ex-deputado estadual José Augusto da Silva Ramos (PSDB) em 2008.

Há duas semanas, Reali, Filippi e secretários compareceram ao ato de filiação do ex-prefeiturável Ricardo Yoshio. Em discursos, os expoentes petistas de Diadema deram garantias que irão potencializar qualquer candidatura a vereador do PDT. A retribuição foi dada no mesmo dia: Yoshio, na tribuna, já pediu votos para Reali em 2012.

O mesmo tratamento foi dado ao PR, que filiou o vereador Talabi Fahel e assegurou a manutenção do parlamentar no bloco governista do prefeito no Legislativo. Embora Filippi não tenha aparecido, enviou seu assessor e ex-presidente da Câmara Marco Antônio Ernandez, o Marquinhos (PT), para representá-lo. Reali e Misso deram mais peso à mesa de autoridades do evento e enalteceram a parceria. Dirigentes do PR, por sua vez, fizeram campanha explícita à reeleição de Reali.

 

DESERTORES - Se os amigos do alto clero petista são tratados com afagos, legendas que pensam em romper com o governo seguem ameaçadas. O chefe do Executivo reiterou que não vai alimentar politicamente e financeiramente candidaturas que não convergem com suas pretensões. Ou seja, assim que oficializarem voos solos rumo ao Paço, dissidentes terão seus comissionados exonerados.

Por conta dessa postura, duas siglas que sustentam projetos paralelos estão em turbulência interna. O PV está próximo de filiar o vereador Lauro Michels e apostar em sua campanha a prefeito. Porém, setores da legenda discordam do planejamento e brigam pela manutenção da aliança.

O PTB também não navega em mares tranquilos. A determinação estadual para que Diadema tenha candidatura própria agitou os bastidores petebistas. Militantes avisaram à direção do partido que, se o PTB referendar o plano paulista, abandonarão a sigla para continuar com o governo.




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