A Christie's, que há dois anos supera a Sotheby's em termos de faturamento (respectivamente, US$ 1,765 milhao e US$ 1,7 bilhao em 1998), se instalou na avenida Matignon, no oitavo distrito da capital francesa, bairro de negócios e maisons de alta costura.

A casa britânica, controlada pelo grupo francês Artemis, de François Pinault, conta com dois saloes de venda, com 400 e 100 lugares, respectivamente, cinco saloes de exposiçao, 900 m2 de reserva, arquivos, um estudo fotográfico e 600 m2 de oficinas.

A norte-americana Sotheby's nao fica atrás, uma vez que a mansao que ocupa, construída em 1802, foi habitada por Alfred de Vigny em 1824, dotada depois de dois belos saloes do Segundo Império e transformada em suntuosa galeria por Jean Charpentier, em 1924.

Apesar disso, nem a Sotheby's nem a Christie's podem vender ainda na França, pois esperam que seja submetido ao Parlamento um novo projeto de lei destinado a reformar o estatuto dos leiloeiro públicos. Estes têm, na França, o monopólio das vendas públicas desde o século XVI. No entanto, os aproximadamente cem leiloeiro públicos de Paris só venderam em 1998 uns US$ 460 milhoes.

As grandes casas de leiloes esperam de forma impaciente a adoçao da nova lei e, enquanto isso, tratam de cuidar de sua imagem. A Christie's expôs recentemente em Paris, a coleçao e objetos pessoais de Marilyn Monroe, antes de vendê-la em Nova York. Por sua parte, a Sotheby's preparou da venda dos móveis do Castelo de Groussay, perto de Paris, apesar de nao conseguir realizar oficialmente o leilao, confiada aos leiloeiros parisienses Poulain-Le Fur.