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Turquia lança incursão no Iraque contra rebeldes
19/10/2011 | 08:59
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Soldados da Turquia, aviões e helicópteros lançaram uma incursão no Iraque nesta quarta-feira, horas após rebeldes curdos matarem 26 soldados e ferirem 22 em ataques múltiplos na região da fronteira. Autoridades turcas não confirmaram a incursão, mas o chefe dos militares, bem como os ministros da Defesa e do Interior seguiram para a região de fronteira, enquanto o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan cancelou uma visita ao Casaquistão.

 

A emissora NTV, sem citar fontes, disse que as tropas turcas penetraram até 4 quilômetros no território iraquiano. Aparentemente, a ofensiva no vizinho é limitada até o momento. A última grande ofensiva no território iraquiano ocorreu no início de 2008.

 

O grupo rebelde curdo Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) afirmou que os confrontos ocorriam em duas áreas separadas, perto da montanhosa fronteira entre os dois países. "Nós estamos nos confrontando com forças turcas em duas áreas desde as 3h (hora local) de hoje", afirmou por telefone Dostdar Hamo, um porta-voz do grupo rebelde.

 

A incursão ocorreu horas após os rebeldes, que lutam por autonomia no sudeste turco, lançarem ataques simultâneos contra postos militares e da polícia perto das cidades fronteiriças de Cukurca e Yuksekova no início da quarta-feira. O ataque deixou 26 soldados mortos e 22 feridos, segundo o Ministério do Interior. Foi o mais mortífero ataque rebelde curdo desde 1992, segundo a emissora turca NTV.

 

Acredita-se que cerca de 100 rebeldes participaram dos ataques desta quarta-feira, segundo a emissora estatal TRT. Os rebeldes fugiram para o norte do Iraque após a ação, segundo a NTV.

 

O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos desde 1984. Políticos curdos pedem mais direitos políticos e culturais para os curdos, que representam 20% da população de 74 milhões da Turquia, como o direito à educação em sua língua materna. O governo turco teme que isso poderia dividir etnicamente o país. O governo permitiu a educação em curdo em institutos de ensino da língua e em cursos privados, mas impede a educação em nível básico em curdo. A União Europeia, onde a Turquia trabalha para entrar, pressiona o governo turco para que este dê mais direitos aos curdos. Mas os países da UE disseram que os parlamentares curdos devem se afastar do PKK, grupo considerado terrorista pelos EUA e pela UE. As informações são da Associated Press.

 

 

 

 

 

 

 

 

 




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