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Queda de aviao mata três pessoas em BH
Do Diário do Grande ABC
12/04/2000 | 19:32
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Um aviao bimotor Queen Air, prefixo PT-KKI, caiu no começo da tarde desta quarta-feira sobre três casas do bairro Sao Bernardo, na Zona Norte de Belo Horizonte, perto da cabeceira da pista do Aeroporto da Pampulha. Segundo o Corpo de Bombeiros, os três tripulantes da aeronave, que seria da empresa Cotercom Comercial Ltda, morreram na hora, carbonizados pela explosao que se seguiu à queda.

As vítimas sao o mecânico Marcelo Pinto da Silva, o piloto Milton José da Silva e Rogério Ferreira. Por sorte, as casas sobre as quais o aviao caiu estavam vazias e apenas duas crianças da vizinhança foram atingidas, sem gravidade, pelo calor do incêndio.

O acidente aconteceu por volta de 13h30. Pilotos e funcionários do Aeroporto da Pampulha contaram que o aviao fez três tentativas de decolagem antes de cair, a poucos quilômetros da pista. A aeronave atingiu em cheio duas casas na rua América, que foram completamente destruídas. Os escombros danificaram uma terceira residência.

Há informaçoes, nao confirmadas até o início da noite pelo Departamento de Aviaçao Civil (DAC), de que o aviao iria para Sorocaba, no interior paulista, onde passaria por uma revisao técnica. O vôo teria sido autorizado pelo mecânico Marcelo da Silva Pinto, que viajava com o piloto e um representante da Cotercom.

O major da Aeronáutica Antônio Monteiro Pereira, do DAC no Rio de Janeiro e que estava de passagem por Belo Horizonte, disse que um laudo sobre o estado dos dois motores do aviao, além de dados fornecidos pela torre de controle do aeroporto, poderao explicar as causas do acidente. Segundo Pereira, partes dos dois motores seriam levados nesta quarta-feira para o Centro Tecnológico da Aeronáutica, onde seriam examinados. A previsao é de que um relatório sobre o acidente seja divulgado na próxima semana.

Centenas de curiosos se aglomeraram no local do acidente e os bombeiros tiveram muito trabalho para isolar a área, na qual havia risco de explosoes.

Segundo Ariesteu Geraldo Muniz, dono de uma das casas atingidas pela aeronave, avioes de todos os tipos costumam passar em baixíssima altitude sobre a regiao, após as decolagens. Ele afirmou, porém, que a maioria dos moradores, mesmo que assustados com o problema, nao têm condiçoes de deixar o bairro. "Além do mais, a tecnologia dá muita segurança para a gente, hoje em dia", comentou, enquanto observava o que restou de sua casa.

No início da noite, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil informou que providenciaria abrigos para as pessoas que ficaram sem moradia.




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