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Marcelo Caron poderá continuar medicando se for solto
Do Diário OnLine
15/02/2002 | 15:22
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O médico goiano Denísio Marcelo Caron, preso depois da morte de cinco pacientes operados por ele, poderá continuar medicando se sair da cadeia. Caron deve perder apenas o título de especialista. O Conselho Regional de Medicina (CRM) de Goiás informou que a cassação de sua licença médica deve demorar pelo menos três anos.

Caron responde a mais de 30 inquéritos policiais por lesão corporal. O CRM-GO sabia, desde 2001, que o médico fazia operações plásticas sem ter o certificado de cirurgião.

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Edson Andrade, afirmou nesta sexta-feira que espera que o caso seja esclarecido. Ele declarou que as denúncias serão avaliadas e a entidade tomará a atitude correta, negando a possibilidade de que o Conselho tome qualquer atitude corporativista.

De acordo com o presidente do CFM, os processos contra médicos são mantidos em sigilo. No caso de Caron, ele tinha assumido um compromisso com o Ministério Público de suspender as suas atividades enquanto as denúncias não fossem esclarecidas. O médico não cumpriu a promessa.

A quinta vítima de Caron, a estudante de fisioterapia Graziela Oliveira Murta, 26 anos, morreu na manhã de quinta-feira no Hospital Santa Helena, em Brasília, com infecção generalizada e falência múltipla dos órgãos. Ela passou por uma lipoaspiração.

Habeas-corpus- O advogado Adolfo Costa, que defende o médico goiano Denísio Marcelo Caron, vai entrar ainda nesta sexta-feira com um pedido de habeas-corpus para tentar a libertação de seu cliente.




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